Thursday, June 30, 2005

Pensamentos Soltos V

Ouvi há poucos dias algo que me ficou no pensamento e que me fez/faz muita confusão.
Uma rapariga dizia – “(…) sim, ele aparenta ter muito dinheiro… E isso é bom para o futuro… Quem sabe… (…)”
Estava a falar de um possível entendimento amoroso (gostei da expressão, só faltou escrever contrato…) que para ela, e até mais ver tinha a inegável vantagem de ele ter aparentemente muito dinheiro.
Não sei o que é que o dinheiro tem que ver com o Amor, é certo que tê-lo permite fazer muitas coisas que, caso ele não existisse, não seriam possíveis. Mas o dinheiro andará de mãos dadas com o Amor? Fiquei intrigado, tanto mais que a rapariga teria a minha idade e achava que os namoros e casamentos por conveniência tinham acabado…
Já sei que sou ingénuo mas sinceramente, um cavalheiro não fala de dinheiro, não é assunto…
No meio de tudo isto lembrei-me do filme “Gentlemen Prefer Blondes” com a Marylin Monroe e da música “Diamonts are a girl’s best friend”. Isto porque no filme, para quem não conhece, a personagem de Marylin tem um romance com o filho de um magnata. A dada altura o pai decide falar com ela e dizer-lhe que se afaste do seu filho porque ela só gosta dele por causa da fortuna que ele tem – a resposta não podia ser melhor – eu gosto do seu filho mas é pela SUA fortuna, não pela dele…

The French are glad to die for love
They delight in fighting duels
But I prefer a man who lives
And gives expensive jewels

A kiss on the hand may be quite continental
But diamonds are a girl's best friend
A kiss may be grand but won't pay the rental
On your humble flat, or help you at the automat
Men grow cold as girls grow old
And we all lose our charms in the end
But square-cut or pear-shaped
These rocks don't lose their shape

Diamonds are a girl's best friend
Tiffany's! ......Cartier!......Black Star, Frost, Gorham
Talk to me Harry Winston,tell me all about it!

There may come a time when a lass needs a lawyer
But diamonds are a girl's best friend

There may come a time when a hard-boiled employer
Thinks you're awful nice
But get that ice or else no dice
He's your guy when stocks are high
But beware when they start to descend
It's then that those louses go back to their spouses
Diamonds are a girl's best friend

I've heard of affairs that are strictly platonic
But diamonds are a girl's best friend

And I think affairs that you must keep liaison ic
Are better bets if little pets get big baguettes
Time rolls on and youth is gone
And you can't straighten up when you bend
But stiff back or stiff knees
You stand straight at Tiffany's

Diamonds!!... Diamonds!!...
- I don't mean rhinestones -
But Diamonds, Are A Girl's Best, Best Friend

Não acredito que o dinheiro seja o mais importante e muito menos quando falamos de sentimentos, mas não queria deixar de referir isto.
Afinal, em pleno século XXI, ainda há quem meça o seu par exclusivamente pelo seu poderio financeiro/económico.
Será que as pessoas não evoluem?

Wednesday, June 29, 2005

Great Expectations

Estava eu hoje a arranjar-me e a pensar em fazer a minha barba quando, em frente ao espelho, dei por mim a pensar como fiz/faço planos para uma série de coisas que nem sequer tenho a certeza que existam.
Dei por mim a pensar que tenho expectativas em relação a um sem número de situações e apercebi-me que tudo o que disse de não ter expectativas e de assim poder aproveitar ao máximo o prazer que as coisas nos dão é algo que não sou capaz…
Quando há uns meses enveredei por este caminho avisaram-me que não seria eu se perdesse o meu hábito (às vezes irritante) de extrair conclusões de tudo, ou, quando não sou capaz de tirar elações então que fico a remoer o assunto. Avisaram-me também que eu tinha tendência para formar expectativas rapidamente.
É verdade, formo expectativas, muitas vezes não se concretizam nem sequer ficam próximas mas de facto não sou capaz de não formular desejos quanto ao futuro e ao que desconheço.
Será que me desiludo muito?
Não sei, mas pergunto, se não tivermos as nossas expectativas dos outros, das situações, dos lugares, etc., não estaremos a perder uma parte da nossa vida?
Afinal não é a fantasia um dos principais condimentos da vida?
Resta-me moderar as expectativas e esperar que elas se concretizem (ou não…)

Tuesday, June 28, 2005

Algo que eu procurava ou algo que me procurava a mim?

É uma das minhas músicas favoritas, acho que traduz em parte aquilo que alguém que ama sente.
Reencontrei esta música (Stand by me) quando procurava outras para oferecer a uma pessoa e não posso deixar de achar curioso.

When the night has come
And the land is dark
And the moon is the only light we see
No, I won't be afraidOh, I won't be afraid
Just as long as you stand
Stand by me, so

Darling darling stand by me
Oh, stand by me
Oh stand, stand by me, stand by me
If the sky that we look upon
Should tumble and fall
Or the mountainShould crumble to the sea
I won't cry, I won't cry
No, I won't shed a tear
Just as long as you stand
Stand by me, and

Whenever you're in trouble
Won't you stand by me, oh stand by me



Às vezes pergunto-me se Deus não terá um sentido de humor muito próprio…

Monday, June 27, 2005

Ao Ex.mo Senhor Ministro das Finanças

Ex.mo Senhor Ministro (duvido que leia este blog e se lê, não devia, o povo não lhe paga para perder tempo), desde já os meus parabéns, creio que é inédito alguém no espaço de 4 dias apresentar uma proposta de orçamento rectificativo e ainda a rectificação da proposta apresentada.
Considero fantástico o seu empenho em concorrer com as telenovelas da TVI, mas devo dizer-lhe que, pessoalmente, acho que está a exagerar.

Agora a sério, isto começa a ser demais, alguém acredita que o Dr. Vítor Constâncio passou 3 anos de governo PSD/ CDS- PP a dizer que as medidas restritivas eram as correctas e que as receitas extraordinárias um mal necessário, para agora fazer letra morta do que disse e acusar o anterior governo de ser pouco honesto nas contas e apurar um valor de défice muito acima do previsível.
Sinceramente não consigo acreditar que o homem que revê as contas do governo não fosse capaz de o ter previsto antes e se o cenário fosse assim tão catastrófico, porque é que pactuou com ele estando em silêncio?

Uma palavra para este espectáculo único que temos vindo a assistir de orçamentos sobre orçamentos.
O governo sai, na minha opinião, muito fragilizado, é a segunda gaffe importante que o ministro das finanças comete, primeiro esqueceu-se da sua reformazinha, agora soma parcelas da despesa em duplicado errando o seu primeiro Orçamento de Estado…
Ainda bem que o Senhor Primeiro-ministro, nos informou gentilmente no Sábado passado que a época do embuste tinha terminado – se ele não o dissesse ninguém teria dado por nada…
À fortíssima oposição que temos, não têm vergonha?
Querem ser governo e passa-vos o erro do orçamento rectificativo?
Perdem tempo a queixar-se da hora tardia em que chega o orçamento à Assembleia da Republica (que aqui para nós, se o Senhor Ministro tivesse estado quieto tinha feito melhor figura e escusava de ter chamado tanto as atenções) e em questões de forma e de pormenor mas não verificam as verbas inscritas…
Afinal há uma explicação clara, óbvia e brutal para o estado a que o país chegou…
Aos professores que estiveram de greve, um conselho, peçam por favor para ser recebidos pelo Senhor Ministro das Finanças – esta mensagem dirige-se sobretudo aos professores de matemática – ofereçam-lhe explicações que o Senhor está perdido (ofereçam, não cobrem porque abusar dos mais fraquinhos não é justo, o homem ainda se engana e paga a dobrar…).

Ao Ex.mo Senhor Director do jornal que deu pelo erro (por questões de salvaguarda pessoal não indico o nome do jornal, a sua vida deve correr perigo), uma pergunta: Não estaria interessado em assumir o cargo de Ministro das Finanças?

Sunday, June 26, 2005

Horóscopos

Acreditando que nada nas nossas vidas acontece por acaso, que para tudo há uma razão que por vezes desconhecemos ou que só mais tarde nos é revelada não sou no entanto muito dado a “perder tempo” a ler horóscopos.
Então porquê que escrevo este post?
Estive a arrumar o meu quarto (si meus amigos, também me tocam duques) e encontrei os livrinhos das previsões anuais que eu e a minha irmã compramos no dia 30/31 de Dezembro de cada ano e que depois da meia noite nos sentamos ao lado um do outro para ler o que o futuro nos reserva.
É uma barrigada de riso como há poucas tentar articular os dois horóscopos que nunca batem certo com o que já sabemos à partida que vai acontecer.
Mas depois de ter encontrado as famosas e sempre certeiras previsões, decidi passar algum tempo a analisar as palavras proféticas e comparar com o que se tinha passado naquele ano. O resultado foi assustador.
“Encontrará o Amor da sua vida se não tiver numa relação, se tiver numa, então correrá tudo como deseja e será mais feliz do que nunca (…)” – Curioso, foi naquele mês precisamente que acabei o meu namoro, acertou em cheio não foi?
“A sua vida profissional vai sofrer fortes alterações, passará por um período de tranquilidade em que ninguém vai pôr em causa o seu conhecimento (…)” – AHA!!! Êxito garantido, afinal foi só o mês dos meus exames…
Devo dizer que acabei perdido de riso a fazer estas pequenas comparações e a pensar que de facto perco muito tempo com inutilidades…

Pensamentos Soltos IV

Vir até este espaço escrever tornou-se em algo tão natural que nem sei explicar.
Aquilo que começou por ser um passatempo e uma espécie de terapia, rapidamente transformou-se num prazer e numa fonte de gozo.
Há alturas em que dou por mim a pensar no que vou escrever, quais os assuntos que me interessam e que quero explanar.
Comecei por escrever apenas para mim, para organizar o meu pensamento e depois, algo de estranho sucedeu, percebi que muitas pessoas pensavam nos mesmos temas que eu e muitas tinham as mesmas dúvidas e incertezas.
Foi excelente perceber que não era um bicho de mato, um doido qualquer…
Agora utilizo este espaço não só para me organizar mas também para receber as achegas que outras pessoas dão ao meu pensamento.
O espaço frio da Internet transformou-se num agradável local de convívio, muito para além daquilo que podia imaginar, estabeleci “conversas” com vários blogs que leio atentamente, nem sempre concordando com o que é escrito.
Mas era suposto concordar? Afinal não é do debate de ideias que nasce a verdadeira solução?

Saturday, June 25, 2005

Um rio, um destino...

Sei que andas à deriva, perdido, magoado e assustado. Meu grande amigo, eu estou aqui para o que precisares, nunca te esqueças disso. Como diz um amigo comum, uma gota de água sozinha não é nada, muitas juntas formam um Oceano.
Não te iludas com o aspecto tranquilo, podemos estar tranquilos exteriormente e em grande tempestade no interior - viste as gaivotas em terra?
Também tenho as minhas duvidas existenciais que antes achava que eram um problema, um peso, um pequeno drama, agora encaro-as com um tesouro precioso.
Estás a pensar que estou doido, não estou sou, mas isso já tu sabes.
Não estou doido, é o facto de pensar nas coisas sem deixar que elas se tornem numa obecessão que faz com que eu me sinta vivo, é o poder debater ideias e pensamentos comigo mesmo que faz com que desta ebulição saia aquilo que sou e sobretudo, espero que saia o que quero destilar.
Lembra-te, mar revolto e ondas podem ser sinal de tempestade ou de mudança, agora és tu que escolhes, a tua escolha será a minha. Um grande abraço e como no teu filme favorito - "Foward, and don't fear the darkness..."

Friday, June 24, 2005

A idade

É curioso como algumas coisas nos fazem pensar.
Uma amiga da minha família, uma senhora com 85 anos, após várias peripécias foi colocada num lar. A senhora está lúcida e capaz mas a família dela não a quer ter que tratar.
Comecei a pensar nisto e fiquei muito triste…
Parece que já não respeitamos os mais velhos, que os vemos como empecilhos e que a melhor solução é colocá-los em lares que mais não são do que depósitos de pessoas onde a morte ronda e espreita.
Não estaremos a esquecer-nos da dignidade? Será isto humano?
Um filósofo grego afirmava que o grau de civilização de um povo se media pela forma como eram tratadas as crianças e as pessoas de idade.
Assim sendo, a nossa sociedade é muito incivilizada…
Não gosto do termo “velhos” nem nunca disse que alguém era “velho” com a conotação negativa que a palavra tem.
Quando eu nasci o meu avô já tinha próximo dos 80 anos e ganhei uma afeição aquele Senhor (e Senhor é o termo certo) que não consigo explicar ou sequer tento.
Nunca me disse o que fazer mas sempre que lhe perguntava alguma coisa lá me dava o seu conselho através de alguma história da sua vida (ou não) para eu interpretar e extrair as minhas conclusões.
Viveu até aos 93 anos e ainda hoje é para mim um exemplo, tinha sempre uma palavra meiga e agradável para todas as pessoas.
Choca-me que nos esqueçamos que os mais velhos têm um saber acumulado e um conhecimento que é inestimável.
Há motivo para querermos perder estas pessoas? Deixá-las para morrer, afastando-as da sociedade quando elas merecem o nosso respeito e podem ajudar-nos dando-nos estabilidade e carinho?
Choca-me!!!
Só posso dizer isto…

Thursday, June 23, 2005

O tema recorrente do primeiro amor

Tenho “passeado” por vários blogs onde aparece repetidamente referido o primeiro amor com várias ideias associadas. Se em partes concordo, noutras discordo bastante.
Na minha opinião, o primeiro amor, é aquele que vivemos e experimentamos de forma mais “despida” possível, não vemos qualquer maldade ou qualquer impedimento, o mundo é nosso e do nosso amor.
No nosso primeiro amor apresentamo-nos sem vícios de outras relações, sem segundas intenções e deixamo-nos absorver totalmente pelo encanto que o outro tem, sentimo-nos inebriados com tudo o que há de novo numa relação a dois, a ansiedade de uma resposta, um comentário mais atrevido, um sorriso cúmplice, a doçura de fugir para a praia e, sozinhos, esquecer o mundo, os problemas e os outros. O desejo de estar sempre juntos e o ciúme quando as coisas não correm como queremos e o outro está ausente sabe-se lá na companhia de quem…
O fim do primeiro amor marca-nos profundamente deixando mágoas e, recorrendo à imagem que alguém usou num outro blog, erguemos uma muralha à nossa frente para evitarmos sair magoados de outras relações.
Há quem diga que depois do primeiro amor não é possível voltar a amar, discordo, nunca se ama da mesma maneira porque as pessoas são diferentes e porque nós evoluímos. Mas ama-se, com a mesma intensidade ou mesmo mais, e tem-se a vantagem de não cometer os mesmos erros que fizemos da primeira vez.
Também não acredito que pouco tempo depois de se ter acabado uma relação se esteja em estado de iniciar outra – é preciso tempo para analisar o que correu mal e sermos capazes de, por nós próprios termos estabilidade – umas a seguir às outras é estar a usar as pessoas de forma cruel e apenas olhando para o nosso umbigo.
Mas voltando atrás, levantámos a muralha mas isso não implica que não queiramos voltar a amar, apenas queremos é amar em segurança o que é um contra-senso em termos uma vez que amar é correr riscos, é abrirmo-nos ao outro, deixá-lo ver as nossas fraquezas e os nosso pontos fracos. Ser capaz de deixar o outro entrar na nossa esfera é algo muito difícil, tanto mais se já nos magoámos uma ou mais vezes, mas há que dar mérito a quem tenta escalar a nossa muralha e espreitar para conseguir ver o que de facto há para lá da pedra fria…
Todos passámos ou iremos passar pela desilusão amorosa, faz parte da vida (e eu acabei o meu único amor até ao momento à cerca de um ano por isso falo com “conhecimento de causa”) mas mesmo querendo-nos fechar no nosso castelo, há sempre quem queira espreitar por cima da muralha e se isso acontecer, talvez não seja mau de todo por as cartas em cima da mesa.
O que é por as cartas em cima da mesa?
É dizer claramente ao outro se se está interessado em conhecer ou não.
Dirão os mais conservadores: Isso mata o romance!!!
Não necessariamente, evita confusões e depois, se for para desenvolver a relação no sentido amoroso, pode-se utilizar todo o romance que se quiser, afinal dizer que se quer conhecer não é dar de bandeja que se está apaixonado e que já se sabe que ficará juntos, é apenas dizer que se quer assumir o risco de experimentar conversar, sair, estar juntos e daí ver o que sai, sem pressões de curtes ou de outras cenas.
Se a pessoa gostar de nós e já se tiver desiludido aceita e provavelmente também prefere este “modelo”.
Nisto desviei-me do meu tema, depois de se amar como se amou na primeira vez, pode-se voltar a amar, mas será sempre com algum medo, com algumas reservas, com um pé fincado em terreno que conhecemos não vá a coisa correr mal.
Quando o outro nos faz tirar esse pé porque nos arrebata então estamos de novo a amar, de forma diferente é certo, mas estamos a amar e deixámos a muralha cair perante aquela pessoa.

Tuesday, June 21, 2005

O meu desporto favorito

Adoro jogar ténis, é o meu desporto de eleição.
Não há nada como jogar com o Paulo (o meu professor), um ex-fuzileiro mesmo nada rezingão, que continua convencido que canta bem mas que é um espectáculo dento do court.
Estava hoje a arrumar o meu quarto quando encontrei os primeiros bilhetes que tive para ir ao Estoril Open e que fui com ele para aprender mais um bocado…
Jogo há 15 anos e ele continua a achar que eu consigo aprender – é um amor de pessoa – isto depois de ter acertado em quase toda a vizinhança.
Explico, o clube tem campo coberto e um descoberto, quando jogo neste ultimo é um festival, dou bolas a todos os vizinhos…
Desde a pobre senhora que estava de traseiro espetado a lavar as escadas e que levou uma bolada no seu dito cujo, ao cigarro que voou das mãos do vizinho do terceiro andar…
Como diz o Paulo – “és um jogador muito generoso… Mas tenta lá meter dentro do court uma vez s.f.f. – És o meu aluno mais antigo e o que me dá pior fama…”
Mas jogar com ele é uma brincadeira pegada, trocamos anedotas, discutimos namoros, falamos de futebol e de politica numa relação de profunda amizade.
Quantos não são os jogos que acabam com ele a beber cerveja e eu coca-cola, a rir que nem perdidos por alguma coisa que só nós percebemos.

Noticia de pouca importância

Este post serve só para avisar que passei a ter e-mail "activo" - quem quiser utilizar está à vontade.
Espero assim "quebrar" parte do anonimato ;)

Sunday, June 19, 2005

Pensamentos Soltos III

Ando em fase de estudo acelerado (ou pelo menos devia) e por isso prendo a minha mente a pensamentos mais “terra-a-terra”.
Estou a pôr na prateleira os pensamentos mais profundos e inquietantes.
Foi bonita a mentira que disse agora mesmo…
Passo por uma fase de Ben Harper misturada com Scorpions e passando por Vaya Con Dios…
Sentei-me em frente a este computador com uma série de ideias mas que agora não quero pôr sob a forma de escrita, quero fechar os olhos e viver a intranquilidade do silêncio.

Saturday, June 18, 2005

As minhas manias e temas recorrentes (parte...)

Várias vezes faço referência ao filme “África Minha” – para mim é o filme da minha vida. Depois de o ver fiquei com uma paixão pelo Quénia e pelo Kilimanjaro.
Não são as paisagens só que me apaixonam neste filme, a história é talvez das mais (e peço desculpa mas o termo terá que ser em inglês) “touching” que eu conheço.
Tentar explicar seria cometer um crime de lesa pátria por isso nem tento.
Outro assunto que refiro muitas vezes é o Caminho de Santiago.
Desde que li o “Diário de um Mago” e me comecei a interessar por mitos iniciáticos (no sentido espiritual da questão leia-se), houve um crescendo interesse em descobrir o Caminho. Estive em Santiago de Compostela com a esperança que desvanecesse o meu interesse mas não, antes pelo contrário, aumentou-o.
A vieira, símbolo do peregrino de Santiago, é também o símbolo da amizade e para mim é um símbolo de força anímica.
O percorrer do caminho serve para se reflectir e pensar naquilo que se quer, serve de filtro para a nossa vida por assim dizer. Um caminho serva para ligar dois pontos, e no caso da dimensão em que insiro este, serve para unir o passado (o que fomos) com o futuro (o que queremos ser).
Quanto ao iniciático, um pequeno exercício de curiosidade: O convento de Mafra foi mandado construir por Dom João V em honra de Nossa Senhora da Piedade (salvo erro). Até aqui nada de novo – ao pé há uma terra que é Nossa Senhora do Ó, a quem supostamente Dom João pediu o favor do nascimento de um varão.
A representação de Nossa Senhora do Ó é uma de uma Santa grávida mas é uma Santa algo pagã.
Agora o extraordinário, para quem não acredita em coincidências, a barriga de uma grávida é redonda – O – a Nossa Senhora é do – Ó – o óvulo feminino é redondo – O – para os iniciados, o O é o símbolo do feminino, do óvulo, da fecundidade.
Curioso não é?

"The long and windy road"


Quem diria que eu que sempre fui temerário nas minhas decisões estivesse agora tão aflito.
Tomo todas as decisões depois de pensar várias vezes, remoer e voltar a rever.
Escolhi este caminho que não sei onde me leva nem sequer se é o melhor. É um caminho solitário - é o meu Caminho de São Tiago, percorro sozinho a estrada e espero no fim encontrar o que procuro.
O que procuro? Ser aquilo que sempre sonhei e ter comigo, a meu lado, a pessoa que eu escolher e que me aceite com os meus vicios, as minhas manias, as minhas más disposições, o meu mau humor militante mas também que sinta o meu amor e o meu carinho... Posted by Hello

Teste de fidelidade

Não sei se sabem mas a TVI, esse canal de televisão prodigioso, transmite um programa brasileiro que se chama “Teste de Fidelidade”.
Apanhei esta pérola hoje enquanto pastelava no sofá a tentar ganhar motivação para ler mais umas 100 páginas de matéria para o exame de segunda feira.
O programa funciona da seguinte forma: o homem ou mulher põe à prova o companheiro que é seduzido por actores para ver se o companheiro aceita ter relações com os sedutores.
O conceito já não me é nada confortável, acho que é usar a “miséria humana”, mas o que me espantou mais foi ter dado por mim a assistir aquilo de boca aberta.
O que leva uma pessoa a pedir um teste de fidelidade ao seu companheiro?
É o facto de ele demonstrar alguma “falha”?
E isso não deve ser discutido internamente?
É necessário fazer um espectáculo humilhante de ver o nosso companheiro a ser engatado, a gostar e ainda ter que ver os pormenores tudo isto num programa televisivo de âmbito nacional?
No seguimento do meu post anterior, se deixar que nos batam pode ser indício de pouca auto-estima, expor-se desta forma não só revela (na minha opinião) que não se tem auto-estima como nem sequer se tem qualquer respeito por si próprio.

Friday, June 17, 2005

A estalada

Estava eu hoje numa missão arriscadíssima de supermercado, a abastecer-me de café (sim porque a época de exames não perdoa) quando para grande espanto meu, reparo num casalinho de namorados que estava a discutir e a discussão estava a subir de tom.
Até aqui tudo normal (ou não…) mas, para grande espanto meu, o rapaz puxa a mão atrás e ferra uma monumental estalada na rapariga cuja cara ficou de lado e com a “mãozinha” do fulano marcada.
O que é que vocês fariam?
Quando começo a avançar para me meter no assunto e saber se a podia ajudar (aquilo pareceu-me uma brutalidade), ela para de chorar, olha para o seu namorado, pede desculpa e a medo vai com ele…
Sinceramente, fiquei completamente parvo…
Ah! As criaturas não deviam ter mais de 18 aninhos…
Lindo não é?

Wednesday, June 15, 2005

Pensamentos Soltos II

Não sei, meus filhos, que mundo será o vosso.
É possível, porque tudo é possível, que ele seja
aquele que eu desejo para vós. Um simples mundo,
onde tudo tenha apenas a dificuldade que advém
de nada fazer que não seja simples e natural.
Um mundo em que tudo seja permitido,
conforme o vosso gosto, o vosso anseio, o vosso prazer,
o vosso respeito pelos outros, o respeito dos outros por vós.
E é possível que não seja isto, nem seja sequer isto
o que vos interesse para viver. Tudo é possível,
ainda quando lutemos, como devemos lutar,
por quanto nos pareça a liberdade e a justiça,
ou mais que qualquer delas uma fiel
dedicação à honra de estar vivo.
Um dia sabereis que mais que a humanidade
não tem conta o número dos que pensaram assim,
amaram o seu semelhante no que ele tinha de único,
de insólito, de livre, de diferente,
e foram sacrificados, torturados, espancados,
e entregues hipocritamente à secular justiça,
para que os liquidasse «com suma piedade e sem efusão de sangue.»
Por serem fiéis a um deus, a um pensamento,

a uma pátria, uma esperança, ou muito apenas
à fome irrespondível que lhes roía as entranhas,
foram estripados, esfolados, queimados, gaseados,
e os seus corpos amontoados tão anonimamente quanto haviam vivido,
ou as suas cinzas dispersas para que delas não restasse memória.
Às vezes, por serem de uma raça, outras
por serem de uma classe, expiaram todos
os erros que não tinham cometido ou não tinham consciência
de haver cometido. Mas também aconteceu
e acontece que não foram mortos.
Houve sempre infinitas maneiras de prevalecer,
aniquilando mansamente, delicadamente,
por ínvios caminhos quais se diz que são ínvios os de Deus.
Estes fuzilamentos, este heroísmo, este horror,
foi uma coisa, entre mil, acontecida em Espanha
há mais de um século e que por violenta e injusta
ofendeu o coração de um pintor chamado Goya,
que tinha um coração muito grande, cheio de fúria
e de amor. Mas isto nada é, meus filhos
Apenas um episódio, um episódio breve,
nesta cadeia de que sois um elo (ou não sereis)
de ferro e de suor e sangue e algum sémen
a caminho do mundo que vos sonho.
Acreditai que nenhum mundo, que nada nem ninguém
vale mais que uma vida ou a alegria de tê-la.
É isto que mais importa - essa alegria.
Acreditai que a dignidade em que hão-de falar-vos tanto
não é senão essa alegria que vem
de estar-se vivo e sabendo que nenhuma vez
alguém está menos vivo ou sofre ou morre
para que um só de vós resista um pouco mais
à morte que é de todos e virá.
Que tudo isto sabereis serenamente
sem culpas a ninguém, sem terror, sem ambição,
e sobretudo sem desapego ou indiferença,
ardentemente espero. Tanto sangue,
tanta dor, tanta angústia, um dia
- mesmo que o tédio de um mundo feliz vos persiga -
não hão-de ser em vão. Confesso que
muitas vezes, pensando no horror de tantos séculos
de opressão e crueldade, hesito por momentos
e uma amargura me submerge inconsolável.
Serão ou não em vão? Mas, mesmo que o não sejam,
quem ressuscita esses milhões, quem restitui
não só a vida, mas como tudo o que lhes foi tirado?
Nenhum Juízo Final, meu filhos, pode dar-lhes
aquele instante que não viveram, aquele objecto
que não fruíram, aquele gesto
de amor, que fariam «amanhã».
E, por isso, o mesmo mundo que criemos
nos cumpre tê-lo cuidado, como coisa
que não é nossa, que nos é cedida
para a guardarmos respeitosamente
em memória do sangue que nos corre nas veias,
da nossa carne que foi outra, do amor que
outros não amaram porque lho roubaram.

In: "Carta a meus filhos sobre os fuzilamentos de Goya" - Jorge de Sena - Lisboa, 25/6/1959

Este poema foi-me "dedicado" pelo meu avô quando ele tinha a idade de 91 anos.
O quadro de Goya é o quadro "Três de Maio" e está no Museu do Prado em Madrid.

Tuesday, June 14, 2005

Pensamentos Soltos

"Eu chamo-me Justiça, a grande musa austera
O quid que regula e que harmoniza e gera
Os princípios, as leis das almas e dos soes.
Eu sou a Virgem – mãe, a virgem triumphante;
E Hércules e Christo e Ptometheu e Dante
Beberam no meu peito o sangue dos heroes."


In: "A morte de D. João" – Guerra Junqueiro

Um mar de oportunidades? Posted by Hello

Monday, June 13, 2005

A Blogosfera ao ataque????

Meus amigos e amigas: ponho aqui mais uma lista de blogs que vale a pena visitar.
Ficam aqui as moradas e ficarão também na secção dos links.
Espero que gostem ;)

http://www.carapauscomchantilly.blogspot.com/
http://certasideias.blogspot.com/
http://down-up.blogspot.com/
http://escriturasdestinos.blogspot.com/
http://meus-silencios.blogspot.com/
http://osgrandesdias.blogspot.com/
http://www.realidadessubversivas.blogspot.com/
http://wishes-heros.blogspot.com/

Aproveito para explicar que uma parte das fotografias que andam por aqui não são minhas, são de amigos meus a quem agradeço ;)
Peço desculpa mas nesta fase não estou grande escritor embora vá dando uns saltinhos à net e vá vendo os vossos blogs…

Sunday, June 12, 2005

Santo António

É hoje a noite de 12 de Junho, a noite de Santo António.
Lembras-te de como foi há 5 anos atrás?
Há 5 anos atrás tínhamos acabado de nos conhecer, tinha passado um mês desde de que começámos a namorar.
Comemos uma pizza no restaurante “Tratoria”, foi a primeira vez que comi pizza…
Descemos para a avenida para ver as marchas populares e depois avançámos para Alfama onde estivemos e onde, com um brilho intenso nos olhos, uma respiração acelerada e um tremor nas mãos acordámos como seria daí em diante, o que queríamos e o que desejávamos.
Passaram-se os anos e sucederam-se os “Santo António”, sempre com o ritual de te oferecer um manjerico e escolher o verso do cravo que te dava.
As coisas mudaram, já não fazes parte da minha vida…
É irónico que a única pessoa a quem disse “Amo-te” e não o disse de forma vazia seja a pessoa que mais detesto, sinto nojo, repulsa, não te tenho qualquer respeito. Sinto a mais profunda vergonha de te ter tido como namorada e ter ponderado ter-te para sempre na minha vida. Como é possível ter-me enganado tanto?
O que mais me custa foi eu ter-te pedido desculpa por achar que te tinha magoado e que te estava a magoar quando nos separámos em fins de Agosto do ano passado… E tu a fazeres-te de vítima, a deixares-me ali, a pensar em tudo o que achava te fazia mal…
Pensar que quando começámos a namorar, qualquer que fosse a mais pequena contrariedade que te acontecia era logo algo a que eu tinha que acudir, não suportava a ideia que tivesses qualquer dificuldade no teu percurso, quis sempre ser o teu apoio, a tua defesa, tudo o que tu precisasses…
Tenho-te um desprezo frio e cruel, e o pior, é que todos me acham vingativo por causa disso. Não sou vingativo e tu sabes porque é que te desprezo assim, lamento tão profundamente ser tão escrupuloso, carrego comigo o teu segredo mais hediondo, e não posso dizer a ninguém, não posso explicar porquê que adoptei esta atitude.
Sei que não lês este texto porque nem sabes que ele existe, mas decidi pôr por escrito o que me atormenta.
Não sei o que acontecerá se nos voltarmos a ver mas o mais certo é voltar-te a cara e ir-me embora. Já não vou aonde ia para não te encontrar, evito cruzar-me com as pessoas que sei sabem o mesmo que eu e que são tuas “amigas”, não me esqueço das calúnias que lançaste sobre mim.
“Amigas” – sim, porque o verdadeiro amigo não permitiria que alguém fizesse o que tu fazes sem te o dizer na cara de forma frontal e honesta como eu te disse.
Será que a Renata tinha razão quando disse que tu no espaço de um ano te transformaste e que passaste a ser uma cabra?
Não sei nem quero saber…
Tenho a mais profunda vergonha de alguma vez me ter dado a alguém como tu, sinto-me coberto pelo mais forte sentimento de vergonha, enganei-me redondamente em relação a ti e vivi essa mentira porque fechei os olhos, porque acreditei piamente que tudo ia correr bem…
Já não penso tanto em ti, ou melhor, já quase não penso, e quando penso e me lembro dos momentos doces que tivemos (sim, porque ao contrário de ti, dos 4,5 anos que namorámos eu tenho boas recordações, não foi um sacrifício e um sofrimento como tu pintaste), lembro-me do que fazes actualmente e liberto-me de todo o sentimento de carinho que tenho ou tinha.
Deixaste feridas profundas que estão a sarar mas que me alteraram, alteraram a minha forma de estar, retiraram o meu à-vontade e consumiram parte da minha alegria de viver que estou a recuperar agora, quase um ano depois. Ficou o medo de me envolver com quem quer que seja…
Jamais voltarás a entrar na minha vida e quanto aos teus “amigos” que tão bem me falam, podem ir todos para o Diabo que os carregue!
Transformaste-te, tornaste-te um ser desprezível, que recorre a tudo para não ficar só e ter que pensar.
A minha reacção é esta: Eu estou só e penso todos os dias no que fiz, no que quero fazer, de onde vim e para onde vou, decidi pegar o touro pelos cornos, mudar aquilo que não gosto em mim, limpar todo o sistema e tentar fazer um novo eu, melhorando o que de mau tinha.
Tem sido um caminho difícil mas tenho aprendido muito, e tenho sobretudo percebido que há pessoas que se importam verdadeiramente comigo. Lamento que os teus “amigos” não façam o mesmo contigo…
Até nunca mais…

Saturday, June 11, 2005


A Mui Nobre e Sempre Leal Cidade de Lisboa  Posted by Hello

A quem me referia…

Malhoa (José Vital Branco).

Nascido a 28 de Abril de 1854 em Caldas da Rainha e falecido em 26 de Outubro de 1933 em Figueiró dos Vinhos.

Pintor de arte e professor, mais conhecido só pelo nome de José Malhoa.

Tem uma extensa obra e um museu consagrado na sua terra natal.

Dia de Portugal, Camões e das Comunidades

É hoje o dia em que se celebra este cantinho à beira-mar plantado.
Portugal dos três F’s – Fátima, Futebol e Fado…
Somos o país com as fronteiras mais antigas da Europa, o país que deu novos mundos ao mundo, segundo o Bandarra seremos o Quinto Império…
Mas será que podemos viver apenas de um passado ilustre?
Será que ninguém reparou que o mundo mudou?
Estamos completamente vencidos pelo desânimo, assistimos a um país à deriva onde o governo definha perante o problema das contas públicas, em que os ministros cometem erros de palmatória apregoando medidas de restrição que ele não cumprem… E aceitamos?
Alguém já reparou que os portugueses, quando interrogados, dizem: os sacrifícios se forem pelo país fazem-se…
Mas qual país? Alguém sabe para onde caminha este país?
Fazemos sacrifícios por um número “mágico” de 3% de défice que parece que ninguém sabe como atingir e já passaram 4 governos sucessivos que nos pedem sacrifícios mas que não sabem nem conseguem resolver a crise.
Não sou defensor de politicas voltadas só para o défice embora seja importantíssimo para nós que este seja pequeno e esteja controlado porque é ele que controla a inflação e as taxas de juro que pagamos. Mas falta algo mais a toda esta politica obsessiva de números que são importantes mas que ninguém explica porquê.
Onde anda a cultura portuguesa?
Vamos todos viver de Santos Antónios, sardinhas, manjericos e arraiais?
Não que não sejam importantes porque são mas falta outra dimensão à cultura portuguesa. Conheço uma série de pessoas que se formaram e que serão assim os quadros futuros do país, e como estamos na União Europeia, muitos de nós vamos trabalhar para o estrangeiro ou com estrangeiros. Seremos embaixadores da cultura portuguesa. Mas a incultura que grassa é brutal.
Não resisto a uma pequena provocação:
Quem foi José Malhoa?

Se souberem, é muito bom, significa que sabem mais do que a maior parte das pessoas que eu conheço…

Thursday, June 09, 2005

A apresentação

A todos os que seguem a saga, espero que seja o desfecho…
Fui falar com a professora, decidi partir a loiça toda, ontem enviei-lhe um mail em que dizia resumidamente que tinha entregue no prazo e que o rol de testemunhas era…
Hoje fui mais cedo para falar com ela, entrei no gabinete e perguntei se tinha recebido o meu mail de ontem à noite, respondeu que não e leu-o à minha frente.
E então disse-me: “Se dizes, eu acredito, nunca duvidei de ti…”
Fiz a minha apresentação, não correu mal, derrapei um bocado numa pergunta…
A minha professora não me fuzilou muito, mas apertou para ver se sabia…
Está feita e creio que consegui mostrar que tinha razão.
Eu enervo-me com estas coisas como me enervo com tudo o que considero que seja injusto. Empenho-me muito no que gosto e entrego-me de corpo e alma e isso faz com que viva apaixonadamente mas não creio que me faça mal ;)

A ser aldrabado…

Há muito tempo que não me sentia tão aldrabado, descobri que alguns dos meus amigos têm blogs e não me tinham dito nada…
Porquê que isto me chateia? Porque achava que já tínhamos à-vontade suficiente para partilhar as coisas tanto mais que o meu blog (que eles conhecem) é o sitio onde escrevo tudo o que me vai na alma, é o sitio onde me despojo de toda a armadura que uso no dia a dia e fico nu perante o mundo e as pessoas.
É estranho que o faça na Internet que é dos locais mais públicos que há, mas vivo do anonimato…
Senti-me algo traído e algo envergonhado, é como se não confiassem em mim tendo eu confiado neles…
Enfim, tirarei as elações devidas…

Estou Furioso

Hoje recebi um mail da minha professora favorita a dizer que estava muito espantada que lhe tenha dito que tinha entregue o trabalho numa data quando ela, que tinha lá estado, não tinha recebido.
A verdade é que não esteve e que eu entreguei no prazo.
Tive que responder que tinha estado lá no dia em que ela diz que não estive e que tinha testemunhas…
Isto é normal?
Amanhã faço a apresentação a esta professora e acho que vou ser fuzilado mesmo não tendo culpa que a secretária não lhe tenha entregue o trabalho e que ela não tivesse lá nas duas horas que estive à espera dela…

Wednesday, June 08, 2005


A tentar estabelecer a ligação...
Tantas pessoas com quem queria falar...Posted by Hello

Monday, June 06, 2005


FLOWER POWER? Posted by Hello

Às amizades que estão a florir ;) Posted by Hello

AAAAAIIIIIIIIIIIII!!!!!!!!!

Estou farto!!! Passei o fim-de-semana a trabalhar para ter os trabalhos da universidade feitos.
Não gosto de falar da minha universidade porque não quero matar ninguém de tédio mas hoje é mais forte que eu.
Trabalhos, mais trabalhos e ainda… trabalhos…
Já não consigo ouvir o “Buena Vista Social Club”, “Dire Straits” ou “Cat Stevens”, andam comigo desde há 5 dias enquanto eu trabalho e começo a ficar com más recordações deles…
Mas nem tudo tem sido mau, descobri uns blogs muito bons e de lá saíram:

Um cineasta: http://mylifeisamovie2.blogspot.com/
Uma sonhadora: http://diaryofadreaminggirl.blogspot.com/
Uma ginja (amarga?): http://www.amarguinhas.blogspot.com/
Uma bruxinha: http://www.ogatopretodabruxacarrapito.blogspot.com/

Já estão “linkados” no meu blog e recomendo que os visitem.

Afinal, quem disse que não havia surpresas?

Sunday, June 05, 2005


O mundo lá fora é uma selva... Posted by Hello

Saturday, June 04, 2005

Feminismo ou Machismo?

Não sou adepto de nenhuma das correntes acima mencionadas. Feita esta ressalva explico o que me tem feito pensar.
Não sei se já repararam como cada vez menos os rapazes assumem que são homens e agem como tal, mas as raparigas também cada vez menos agem como mulheres.
Não que um homem deva ser do estilo: “Querida, cheguei… O que é o jantar?”; como também a mulher não deve ser “submissa”, sem vontade própria, sempre com medo que o seu namorado/homem se zangue.
Já sei que quando lerem isto, algumas pessoas dirão: seu homem…, sua mulher…, mas não são objectos para serem possuídos…
Desculpem lá, e deixando o politicamente correcto de lado: quando gostamos de alguém entregamo-nos a essa pessoa, pertencemos ao universo afectivo dela e queremos que ela pertença ao nosso universo afectivo.
Não entendo esta coisa agora de quando um rapaz paga uma conta, se levanta para cumprimentar uma rapariga, lhe abre uma porta e lhe dá passagem ser logo alvo de um risinho irritante seguido pelo comentário mais ou menos jocoso: “isso já nem se usa…”
Ora bolas, usa-se, chama-se ser galante, sem que com isso se tenha que ser pedante…
Há uma doçura que as mulheres têm, um certo sorriso cúmplice, um olhar meigo e doce que lhes dá um aspecto “frágil”. Não que o sejam, porque podem ter muita fibra e muita garra mesmo mas… Para quê vestirem o fato de combate? Não vale a pena serem ásperas, afinal, se disserem que não, é mesmo um não, nada o altera (e podem fazê-lo com um sorriso doce nos lábios).
Porquê que temos todos tanto medo de deixar transparecer que precisamos uns dos outros? Que dependemos uns dos outros? Que gostamos uns dos outros? Teremos todos medo de nos magoar? Mas não nos magoamos muito mais fingindo ser e sentir aquilo que não somos nem sentimos?
Estou a ficar um sentimentalista…
Devem-se seguir uns quantos posts de fotos para ver se passa esta “fase da lua…”

Thursday, June 02, 2005


A tentar relaxar ;) Posted by Hello

Marte

Marte é o deus da guerra romano, e é como eu me sinto.
Agitado, com vontade de me mexer, de combater uma série de injustiças que vejo à minha volta. Sinto-me enérgico e mesmo atroz, impiedoso.
Marte é também a divindade romana associada à Primavera. A Primavera anuncia a primado do Verão e do Sol, do calor e da luz
Se é verdade que me sinto belicista, a minha arma não seria outra que não a luz.
Nem todos acreditam nas mesmas coisas e sei que muitos de vocês ao lerem o que a seguir vou escrever, vão achar que estou numa de “Star Wars”, tipo Jedi…
Se posicionarmos o nosso espírito de forma positiva e formos suficientemente fortes na geração de pensamentos positivos, então seremos capazes de irradiar energia. Não pensem que essa energia deve ser usada de forma displicente, é um recurso escasso que se forma através dos bons pensamentos, através da contemplação do Belo e da nossa simbiose com a energia que rege todo o universo. Aquele que consegue atingir um estágio destes, é capaz de coisas fabulosas e é capaz de usar essa energia para fazer os outros melhorar. Queria ser capaz de o fazer, gostava de “quebrar” o vicio de pensamento que muitas pessoas têm de ver tudo de forma negativa e de se acharem sempre superiores e melhores que todos os outros.
O meu conceito é algo difícil de explicar mas pelo menos fica esta tentativa.
Quem deseja muito algo, isso acaba mesmo por acontecer – se desejar o Bem, o Universo trará de volta o Bem que se desejou, se se desejar o Mal, será isso que o Universo nos dará.
Se pensarem em coisas agradáveis e boas, conseguirão elevar o vosso estado energético e assim vibrar com uma vibração mais próxima da frequência própria do Universo, experimentem e preparem-se para a quantidade de “coincidências” que vão acontecer.

Wednesday, June 01, 2005


A vieira, símbolo do peregrino do Caminho de São Tiago, da amizade e da fé... Posted by Hello