Sunday, May 27, 2007

...

chuuu... já passa...

Wednesday, May 16, 2007

Pedidos

Às vezes pedimos provas (aparentemente) simples a outras pessoas e o mais desconcertante é a total ausência de resposta.

Demasiadas ausências acabam por formar um vazio que por si só gera um ruído perfeitamente audível e incómodo.


Monday, May 14, 2007

Círculos/ciclos

Vejo pessoas que me são próximas como que a despedirem-se, num percurso cada vez mais difícil e penoso de assistir.

Não sei o que fazer, não sei se consigo aproximar-me ou se a distância não é já intransponível.

É assistir ao fechar de um ciclo imperfeito que deixou falhas importantes, em que algumas zangas, alguns rancores ficam soltos, à espera de saltar e fazerem estragos.

Ter pessoas de quem se gosta doentes, perdidas e em certa medida “desesperadas” é difícil. Não me é fácil aceitar que pessoas a quem reconheço méritos se sintam tão em baixo, tão sem esperança quando vejo outras pessoas que sinceramente não têm mérito nenhum passar pelas coisas como se nada fosse.

Sinceramente pergunto qual é a razoabilidade das coisas.

Sei que a vida tem ciclos melhores e outros piores, mas há pessoas que parece que estão há imenso tempo na “mó de baixo” quando não merecem isso.



Wednesday, May 09, 2007

Títulos

Hoje voltei a passar no mesmo escaparate em que vi um livro de autor português cujo título é: “Sexo na desportiva”.

Sem ter lido o livro e portanto sem qualquer ligação ao mesmo, sorri com o título. Afinal todos sabemos que o sexo vende.

Associei para além disso a ideia do “facilitismo”, das coisas que se fazem como se não tivessem consequências, sem nada que as torne importantes ou pesadas.

Não sei se é impressão minha mas parece que hoje em dia o sexo é encarado como um fim em si mesmo, um acto normal, desprovido de sentimento associado. Se comemos, bebemos, porque não temos também relações sexuais? Afinal de contas tudo é natural.

É esta forma muito superficial de encarar as coisas que me preocupa. As relações descartáveis, vazias de sentimento, em que tudo se resolve na aparência.

A ideia do sexo pelo sexo, em que hoje uma, amanhã outra é assustadora. Não me refiro apenas à questão da saúde física mas às sequelas que deixa noutro campo, o dos afectos.

As pessoas cada vez menos confiam no outro, desconfiam das atitudes, perguntam-se o que será que o outro quer obter e a ideia de que alguém pode gostar de nós só pelo que somos parecer ser um conceito cada vez mais transcendente.

A constante mudança impossibilita que se estabeleça o amor, mas tem a vantagem de nunca implicar compromissos e portanto se as coisas se tornarem sérias, chatas ou em algum momento angustiantes a solução é óbvia – muda-se.

Sexo na desportiva é negar todo o universo de afecto que precisamos, nem sequer é valorizar o físico, é ter no sexo uma espécie de droga que dá prazer, anestesia e que quando nos fartamos do outro mudamos.

Preocupa-me que numa sociedade que cada vez mais funciona por detrás de cortinas se insista na apologia do fácil, do descartável.

E no fundo, todos estes pensamentos derivam de um título de um livro cujo conteúdo ignoro…

Fica uma música "ingénua" com votos de futuro.


"Love Me Do" - The Beatles


Monday, May 07, 2007

“Hannibal ad portas”

Se a ousadia pode permitir-nos chegar mais próximo do objectivo, a persistência não deixa de ser também um factor muito importante.

Não sendo um adepto das trevas embora este espaço seja em parte um repositório das minhas tristezas/angústias, há momentos em que a luz parece irradiar por entre as nuvens dando-me um novo alento.

Ao fim de um tempo já considerável parece que uma das minhas reivindicações colhe adeptos e fico eu mais próximo da solução.

A locução que dá o título a este post refere-se a uma marcha histórica, que ficou célebre pela audácia, pela resistência das pessoas envolvidas e pela ideia de que uma vontade férrea consegue o extraordinário.

A ideia de uma vontade férrea, capaz de resistir à fúria dos elementos, é a ideia que mais me atrai.

Vontade férrea – pergunto-me se há dentro dela espaço para dúvidas ou não.

Tenho os meus horizontes longe do ponto em que me encontro e isso às vezes angustia-me, tanto mais quanto vejo outros, por caminhos aparentemente mais simples do que os meus a chegarem aos deles.

Parece que afinal os meus Alpes são mais difíceis de escalar do que imaginava e confesso que vejo com alguma desconfiança, alguma inveja e porque não, com alguma raiva outras pessoas que não considero que tenham qualquer mérito especial chegarem às suas tão desejadas portas enquanto que as minhas estão ainda aparentemente tão longe.

Lendo o que escrevi parece que considero que tenho algum mérito especial, não creio que tenha nenhum a não ser a persistência. Sei que será difícil chegar onde quero, mas acredito que se a Sorte me sorrir em alguns momentos serei capaz de lá chegar.

Quanto ao destino de algumas pessoas, confesso que espero que a vida me permita ver se afinal a aparente facilidade é real ou se pelo contrário se transforma num enredado difícil de romper com.

Dispo a camisola do: “desejo tudo de bom” porque sou humano e há pessoas a quem não desejo nada – espero que algures na lei do Cosmos o que fazem aos outros acabe por lhes cair em cima. Admito que é algo mesquinho mas pronto… às vezes também sentimos algumas mesquinhezes.

Wednesday, May 02, 2007

Adenda

Basicamente o que queria dizer no post anterior é que estou farto de pessoas imaturas.

Tempo

Todos nós temos a noção que o tempo passa e que com ele vamos ficando mais velhos cronologicamente.

Chegamos então à “idade de” – supostamente é quando temos tendências, vontades, ambições ou desejos que se enquadram naquele escalão etário.

As idades compreendidas entre os 25 e os 35 (a traço grosso) são as idades da independência, em que começamos a pensar em sair de casa dos pais, em que olhamos para o outro com objectivo de firmar uma relação que nos permita depois avançar para a criação de uma família.

Ora, é das fases mais difíceis da vida por todas as alterações que implica, pela responsabilidade que se tem (ou devia ter). É nestas idades que nos sentimos presos entre aquelas adoráveis crianças que fomos e o adulto que queremos ser.

O que não é possível é ter o melhor dos dois mundos. Não é possível ser-se criança para umas coisas e querer ser-se o adulto noutras, infelizmente é um pack completo, ou um ou outro.

Na altura de rupturas mais ou menos fortes, mais ou menos zangadas, a afirmação da independência traz também a real noção da solidão que a vida nos reserva.

Não é que não se tenha amigos, namorad@s, eventualmente nos casemos e tenhamos filhos – tudo isto existe ou pode existir mas com todos eles vem a responsabilidade e a tomada de decisões.

Tomar decisões é ter presente que há implicações associadas.

Num país em que a maioria é avessa à tomada de decisões, em que responsabilidade é algo que é visto como algo tenebroso e pesado, em que as pessoas se escondem atrás de instituições, de nomes, de precedentes, na vida pessoal as coisas também não são muitas vezes diferentes.

Porque ando mais irritado, vejo com impaciência as ausências, as demissões, os assobiar para o lado que as pessoas fazem nas suas vidas.

É sempre tempo de mudança, e todas as mudanças geram medos nas pessoas, mas ao menos reconheçam o mérito de quem tenta mudar.

Não é por se ser mais decidido que se tem menos medo ou menos dúvidas, há é sim uma fé na mudança e nos resultados que se obterão com ela.

Acreditemos nos sonhos, sejamos capazes de almejar a mudança, definindo à partida se somos adultos ou crianças, aceitemos as consequências das escolhas e sobretudo que haja consciência.