Saturday, June 04, 2005

Feminismo ou Machismo?

Não sou adepto de nenhuma das correntes acima mencionadas. Feita esta ressalva explico o que me tem feito pensar.
Não sei se já repararam como cada vez menos os rapazes assumem que são homens e agem como tal, mas as raparigas também cada vez menos agem como mulheres.
Não que um homem deva ser do estilo: “Querida, cheguei… O que é o jantar?”; como também a mulher não deve ser “submissa”, sem vontade própria, sempre com medo que o seu namorado/homem se zangue.
Já sei que quando lerem isto, algumas pessoas dirão: seu homem…, sua mulher…, mas não são objectos para serem possuídos…
Desculpem lá, e deixando o politicamente correcto de lado: quando gostamos de alguém entregamo-nos a essa pessoa, pertencemos ao universo afectivo dela e queremos que ela pertença ao nosso universo afectivo.
Não entendo esta coisa agora de quando um rapaz paga uma conta, se levanta para cumprimentar uma rapariga, lhe abre uma porta e lhe dá passagem ser logo alvo de um risinho irritante seguido pelo comentário mais ou menos jocoso: “isso já nem se usa…”
Ora bolas, usa-se, chama-se ser galante, sem que com isso se tenha que ser pedante…
Há uma doçura que as mulheres têm, um certo sorriso cúmplice, um olhar meigo e doce que lhes dá um aspecto “frágil”. Não que o sejam, porque podem ter muita fibra e muita garra mesmo mas… Para quê vestirem o fato de combate? Não vale a pena serem ásperas, afinal, se disserem que não, é mesmo um não, nada o altera (e podem fazê-lo com um sorriso doce nos lábios).
Porquê que temos todos tanto medo de deixar transparecer que precisamos uns dos outros? Que dependemos uns dos outros? Que gostamos uns dos outros? Teremos todos medo de nos magoar? Mas não nos magoamos muito mais fingindo ser e sentir aquilo que não somos nem sentimos?
Estou a ficar um sentimentalista…
Devem-se seguir uns quantos posts de fotos para ver se passa esta “fase da lua…”

3 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Não acho que o medo de transparecer o que sentimos seja o maior problema. O cerne da questão está na falta de hábito de o fazer. É o medo de fazer o que ninguém faz, do desconhecido, do que foge à regra, da vulnerabilidade.
E claro, é também o medo de se danificar a imagem que pensamos transmitir aos outros porque mostrar que sentimos, que gostamos, que precisamos, etc por vezes é subconscientemente ligado a dar mostras de fraqueza. Tens um bom exemplo quando se diz que alguém é "lamechas"... ou quando tu escreves que estás a ficar sentimentalista, mas que é uma "fase da lua" que passa ;Þ
Bjks

June 04, 2005 2:27 AM  
Blogger Ginja said...

Gosto que um rapaz me pague o lanche, mas às vezes, se for emsmo uma coisa especial, também gosto de ser eu a convidar:) E acho que mencionaste a palavra certa : medo. Temos é todos um medo de gelar o sangue. Mas também somos vítimas (e causadores, verdade se diga) de uma enorme pressão social. Às vezes tenho a sensação de que "socialmente" é imperativo teres um determinado perfil. Por exemplo, não teres namorado(a) é tão "grave" como não teres trabalho ou qualquer coisa do género . Parece que te põem um rótulo. É muito desagradável. mas como na verdade nem toda a gente tem "aquela" pessoa, parece que deixamos de saber lidar uns com os outros (meninos e meninas) , porque temos medo de mal-entendidos, ou de alguma situação que não queremos ver repetir-se com outra pessoa, ou de que pensem que estamos a ser oferecidos, ou que estamos a ser frias(frios), ou de nos deixarmos ir para ficarmos depenados outra vez, ou .... Medo, medo, medo. E vive-se pouco assim, mas nem sempre nos ajudamos a nós próprios e nem sempre alguém nos dá uma ajuda . É isso, acho eu .

June 04, 2005 1:08 PM  
Blogger ssm said...

andamos sintonizados. e não é que ultimamente ando a pensar exactamente nos mesmos termos!

qt a mim cheguei a uma conclusão.. mas é segredo ! ;)

June 04, 2005 1:19 PM  

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