Certezas/consolidações
Quando dei por mim a pensar nas escolhas de caminhos, percebi que no centro da minha actuação estava algo que, pela sua natureza própria serve para ser tratado com moderação e com tempo.
A intranquilidade que trazia no inicio foi-se dissipando, vieram depois as discussões sobre qual o método mais eficaz e correcto de actuação. Aqui separaram-se as águas, eu escolhi um caminho diferente do habitual e que não agradava tanto aos restantes.
Muito tempo já passou desde que o escolhi mas parece que finalmente começam a surgir os frutos da minha “teimosia” – provei que tinha razão, demonstrei cabalmente que a minha ideia é a melhor.
Curiosamente, depois de todo o esforço até chegar aqui, não me sinto satisfeito. Acho que cheguei onde queria mas isso não me satisfaz, falta qualquer coisa mais.
O que antes era essencial e pedra de toque passou a ser secundário e para ser tratado com tempo e muita paciência. Houve por assim dizer um desapaixonar meu, uma desilusão.
Ter razão quando já não se vive com a intensidade com que se vivia serve só para nos dar uma sensação estranha de que o esforço foi em vão.
Aqui está a grande questão – foi importante ter razão, mas isso perdeu toda a validade quando a mesma me foi concedida já tarde, de forma enviesada, como o grito de alguém que vem à porta para dizer a ultima palavra quando o outro já está a descer as escadas para sair do prédio.
Ter razão, no plano meramente lógico é uma vitória, no plano moral era uma obrigação, mas curiosamente no plano afectivo já não soube a nada, já me desinteressei…