Tuesday, January 31, 2006

Bizarrias

Ontem tive a conversa mais bizarra que me lembro desde há muito tempo.
O tópico era a minha tendência (excessiva?) para pensar.
É verdade, ando há muito tempo perdido nos meus pensamentos, fará exactamente dia 5 ou 6 de Fevereiro não sei precisar o dia dois anos. Dois anos em que mergulhei no mais profundo “silêncio”.
Silêncio? Não é que não tenha o que dizer, mas sim porque tenho que pensar naquilo que quero dizer.
Vi nessa data a minha vida mudar de tal forma que só muito recentemente percebi – demorei cerca de dois anos a chegar lá.
Despi as velhas roupas que usava até essa data e fui vestindo outras ao gosto de outros e de ocasiões.
Em Maio/Junho do ano que passou decidi voltar a lutar, voltar a procurar aquilo que quero, reescrever muita coisa que deixei passar.
Não é uma luta com outros, mas sim uma luta por mim, por aquilo que era, por aquilo que é e sobretudo por aquilo que quero ser.
Se tivesse desistido de pensar, a minha vida teria sido um turbilhão em que me afundaria perante a força dos acontecimentos, em que seria mas não existiria.
Escolhi um caminho, diferente de muitos outros, o meu caminho, e só agora percebi que mesmo sendo o meu caminho, tenho muitos amigos que mesmo há distância me vão acompanhando e velando pela minha viagem.
Não posso carregar o peso de outros nos meus ombros, e, creio que ninguém nunca me pediu, eu é que o assumi. Foi como se de repente tivesse sentido que tinha chegado a minha hora de “subir para o palco”. E é, é sem duvida a minha hora, e será sem duvida uma das “finest hours” mas terá de ser conduzida de forma diferente.
Há um mundo que me é exterior e que eu não controlo nem posso controlar, e depois há o meu que tinha relegado para segundo plano e que posso e de facto controlo. É o meu mundo que estou a tentar reorganizar.
Travo uma guerra interior em que estou sozinho, em que levo comigo os meus valores, os valores que alguém me transmitiu.
Faço juízos de valor precipitados, é uma verdade, mas também aviso já estou com menos paciência para falar, estou de respostas ásperas e aos solavancos. Não que esteja irritado com os outros, mas sim comigo mesmo.
Desconfio de quem nunca se exasperou consigo próprio. Há tantas pessoas tão capazes de fazer tudo, de resolver tudo, que conhecem as circunstâncias todas, tudo é explicável.
Mesmo estando de “juízos rápidos” sei que nada é a preto e branco, e olhando para o meu próprio exemplo sorrio-me.
P.S. – O texto é críptico mas apenas porque falo para mim, tento que o alento não se desvaneça.

Monday, January 30, 2006

Impressões II

Estou a ler um livro que faz referência a uma série de quadros, esculturas e obras de arte. No livro, estas peças são descritas para que o leitor se aperceba de uma série de pormenores para que possa perceber as conclusões que os protagonistas tiram e assim seguir os seus raciocínios.
O que é que isto tem de importante?
Nada de especial a não ser que dei por mim a pensar nas obras de arte, algumas delas que “conheço pessoalmente” – ou seja, já estive à frente delas, vi-as no seu original.
A descrição perde muito para o impacto que têm quando se está perante elas.
Não será assim com tudo?
Passamos tanto tempo a ouvir descrições exaustivas dos outros, dos seus hábitos, dos seus vícios, dos seus defeitos ou virtudes consoante o interlocutor quiser “pintar” a pessoa em análise.
Mas o que é curioso é que enquanto em relação a uma obra de arte, temos aquela curiosidade em vê-la, em “tirar a limpo”, muitas vezes tomamos as descrições que nos fazem dos outros como sendo literais e nem sequer damos o benefício da dúvida.
Depois há aqueles de nós, que não são fáceis ao primeiro contacto, demoram algum tempo a conseguir “soltar-se”. Mas às vezes é uma questão de ser capaz de chegar até essas pessoas da forma certa.
Houve quem me dissesse que o meu horizonte temporal era demasiado longo – que fazia projectos a longo prazo (demasiado longos para alguns não é mana?). É verdade, prefiro as coisas com tempo, com determinados preceitos, de alguma forma, considero que o tempo mostra-nos muita coisa.
Não sou capaz de cometer loucuras? Sou, cometo mais do que aparento, mas essa é uma vantagem que tenho ;).
Há os “momentos” mas cada vez mais me convenço que o tempo ajuda a atingir a perfeição.
Veja-se o caso dos amantes, desengane-se quem acha que sai tudo bem à primeira, vai-se aprendendo, vai-se ganhando confiança, vai-se conhecendo o parceiro, os seus gostos, os seus hábitos, conhecem-se-lhe os medos, as ambições, os pensamentos…
Não encaro o tempo como um inimigo incontrolável mas sim como um aliado de proporções gigantescas.
Não derivando mais para outros assuntos, fiquei a pensar que de facto somos curiosos, damos o benefício da dúvida a obras de arte que são “estáticas” mas recusamo-nos muitas vezes em dar o benefício da dúvida ao outro.
Não digo que não se tome nota daquilo que nos dizem de alguém, mas não deveríamos tentar perceber se isso corresponde à realidade? Medir o impacto que essa pessoa de facto tem?

Sunday, January 29, 2006

Neve em Lisboa

Está a nevar em Lisboa – lindo, só espero que acumule durante a noite ;)
Já tinha visto nevar mas não na minha querida cidade. Sinto-me pequenino, desejoso que haja neve suficiente para poder fazer bolas de neve e ir brincar para a neve…

E hoje estou ao som de Annie Lennox

“Lay down,
your sweet and weary head.
Night is falling.
You have come to journey’s end.

Sleep now,and dream
of ones who came before.
They are calling,
from across the distant shore.

Why do you weep?
What are these tears upon your face?
Soon you will see.
All of your fears will pass away.
Safe in my arms,
you’re only sleeping.

What can you see,
on the horizon?
Why do the white gulls call?
Across the sea,
a pale moon rises.
The ships have come,
to carry you home.

And all will turn,
to silver glass.
A light on the water.
All souls pass.

Hope fades,
Into the world of night.
Through shadows falling,
Out of memory and time.

Don’t say,
We have come now to the end.
White shores are calling.
You and I will meet again.
And you’ll be here in my arms,
Just sleeping.

What can you see,
on the horizon?
Why do the white gulls call?
Across the sea,
a pale moon rises.
The ships have come,
to carry you home.

And all will turn,
to silver glass.
A light on the water.
Grey ships pass
Into the West.”

“Into the West” – Annie Lennox – Lord of The Rings – The Return of The King O.S.T.

Saturday, January 28, 2006

Às vezes…


Já acelerava não?

Friday, January 27, 2006

Livros, papeis e afins


Gostava de voltar às margens do Sena, voltar a ver aqueles livros, gravuras, todas aquelas curiosidades que aparecem sem sequer se procurar.
Se por um lado gosto muito de livros e de lê-los, por outro lado, por questões que não entram neste espaço e que apenas alguns bons amigos conhecem, estou farto de papelada…
Passaram três dias em que não fiz mais nada a não ser despachar papeis, enviar cartas, escrever faxes etc., etc., etc..
Escrever para este espaço, onde muitos julgam que o que aparece é literal e tem que ser tomado “como está” é muitas vezes um momento relaxante.
Escrevo deixando a minha lista de músicas correr livremente…
E das músicas aparecem memórias – aquela era a que te cantava ao ouvido, esta ouvia ao colo do meu avô, a outra era da minha infantil.
Misturam-se memórias com desejos, com objectivos traçados mas não confessados.
Formulam-se perguntas, umas para as quais quero resposta, outras que só as quis formular.
Lembro-me de livros que li, de frases que ouvi, conversas que tive e penso no futuro.
Uns dias com visões mais sombrias por motivos que só a mim dizem respeito, outros com um descarado sorriso em que, entre um pensamento mais atrevido e uma convicção que tudo correrá bem, acabo a cantar a plenos pulmões as músicas que conheço, ou responder com frases que decorei às pessoas com as quais falo.
Enfim, oscilações de uma vida em fase de crescimento interior.

Thursday, January 26, 2006

Doçura

Os Latidos

I

Quem muito ladra, pouco aprende. Antero de Quental

II

Escritor que ladra não morde. Oliveira Martins

III

Dentada de crítico cura-se com pêlo do mesmo crítico. Ramalho Ortigão

IV

Cão lírico ladra à lua; cão filósofo aboca o melhor osso. Eça de Queirós

V

Cão de letras – cachorro! Guerra Junqueiro

Retirado de: “Farpas” – Ramalho Ortigão

Wednesday, January 25, 2006

Impressões

Tuesday, January 24, 2006

Triunfo




Lá ao longe, distante está o Triunfo. Não aquele que se ganha pela força das armas, mas sim pelo valor dos nossos ideais.

Ás vezes o problema é não nos afastarmos do caminho que traçámos – pode não ser o melhor, mas é aquele em que nos sentimos mais confortáveis, aquele no qual confiamos.

Há momentos em que me sinto eufórico, outros em que me sinto triste, melancólico.
A tristeza faz parte da vida, e neste caso concreto, eu já decidi qual é o meu caminho para o meu Triunfo – não é o triunfo dos outros, ou igual ao de qualquer outro.

Monday, January 23, 2006

Pormenores

Remendos e pensamentos

“Nunca digas: nunca, para sempre, tudo, nada, jamais” – já vos disseram isto?

Porque não?

As palavras têm a força que nós lhes damos.

Se digo que gosto de alguém, e o digo convicto, é mesmo porque gosto dessa pessoa, não são palavras vãs, vazias de sentido ou sentimento, não digo apenas para agradar ou para obter uma qualquer “compensação”.

Se digo que tenho saudades, é porque sinto falta da companhia daquela pessoa, que ela tem algo que me agrada, não o digo porque fica bem.

A questão é mesmo esta, digo o que sinto, sem culpabilidades idiotas. Mas quando o digo, digo convicto.

Seria capaz de dizer “nunca, para sempre, tudo, nada, jamais” se verdadeiramente acreditasse.

São as certezas possíveis numa vida de incertezas…

Saturday, January 21, 2006

“É hoje, é amanhã, é depois…”

É o famoso dia de São Nunca à Tarde.

A quantidade de pessoas que eu conheço que vão dizendo – a mim e a outros – que não pode ser naquele momento porque estão a trabalhar, porque surgem sempre imprevistos, que não se sentem bem, etc., etc., etc..

Mas nunca é “não”, é um maravilhoso “talvez” seguido do “eu depois ligo-te”

O melhor é esperarmos deitados, porque sentados…

Friday, January 20, 2006

Água


Quero lavar uma série de pensamentos da minha mente…

Há tanta coisa que não compreendo, tanta coisa que me irrita.

Uns mentem com um sorriso nos lábios e acham que eu não os percebo, deixá-los, não estou para me chatear.

Grande mentira, chateio-me e muito!

É verdade que ando a evitar os conflitos mas é porque sei que estou demasiado aguerrido e tenho medo de dizer algo que magoe não só com quem me irrito mas mais tarde a mim.

Não sei se faço bem em me calar mas prefiro fazê-lo nesta altura – ainda não chegou a altura de falar.

Deus queira que chegue um dia, que eu seja capaz de dar o murro na mesa que tanto desejo, partir a loiça, arrancar as máscaras a uma série de pulhas que conheço…

Quando falo em pulhas não faço distinção de sexos…

"Viagens na minha terra"


“Corpo de linho
lábios de mosto
meu corpo lindo
meu fogo posto.
Eira de milho
luar de Agosto
quem faz um filho
fá-lo por gosto.
É milho-rei
milho vermelho
cravo de carne
bago de amor
filho de um rei
que sendo velho
volta a nascer
quando há calor.
Minha palavra dita à luz do sol nascente
meu madrigal de madrugada
amor amor amor amor amor presente
em cada espiga desfolhada.
Minha raiz de pinho verde
meu céu azul tocando a serra
oh minha água e minha sede
oh mar ao sul da minha terra.
É trigo loiro
é além tejo
o meu país
neste momento
o sol o queima
o vento o beija
seara louca em movimento.
Minha palavra dita à luz do sol nascente
meu madrigal de madrugada
amor amor amor amor amor presente
em cada espiga desfolhada.
Olhos de amêndoa
cisterna escura
onde se alpendra
a desventura.
Moira escondida
moira encantada
lenda perdida
lenda encontrada.
Oh minha terra
minha aventura
casca de noz
desamparada.
Oh minha terra
minha lonjura
por mim perdida
por mim achada.”


Música de Nuno Nazareth Fernandes. Escrita em 1968. Foi inicialmente patenteada com o título Desfolhada Portuguesa, modificado pelo autor em 1969 para Desfolhada.

Wednesday, January 18, 2006

Pensamentos


"A vida é uma pedra de amolar: desgasta-nos ou afia-nos, conforme o metal de que somos feitos." - George Bernard Shaw

Complicações(?) que leio

Tuesday, January 17, 2006

"Invalides"

"Ne me quitte pas"

Sunday, January 15, 2006

“Os doces beijos”

Lembrei-me daqueles beijos ternos que os amantes dão na bochecha um do outro – um mimo, um carinho, um doce conforto.
E quando depois de um beijo desses, se encostam os rostos e se murmura no ouvido do outro algo como “Amo-te”? Senti uma sensação muito doce com este pensamento.

E os beijos no pescoço, ternos, um simples roçar, com muito carinho, mas a pedir algo mais, a desejar um abraço como só os amantes são capazes de partilhar?

E aqueles beijos dados na testa quando o outro está a chorar inquieto e a seguir se o abraça como que dizendo que ali, nos nossos braços está protegido?

Saturday, January 14, 2006

Dedicatória

"Assim como uma gota de veneno compromete um balde inteiro, também a mentira, por menor que seja, estraga toda a nossa vida." - Gandhi

Friday, January 13, 2006

P.D.C.


Partiste no longo traço do Oceano e eu fiquei ali, à tua espera! Transformei-me em árvore para poder ficar para sempre naquele lugar, à espera, à espera que tu regressasses.
Passaram as estações e eu fui envelhecendo, perdi as minhas folhas, entrei no Inverno da vida e tu nunca voltaste.
Fiquei sempre à espera e acabei por definhar nessa espera inglória.
Por mim passaram os pássaros meus amigos que constituiram familia ali mesmo, empoleirados em mim, à minha beira, mas eu nunca sequer os quis ver, os meus olhos estavam no horizonte, à tua espera.
Vi barcos naufragarem, vi passar tantas pessoas, vi...
Só tu, só mesmo tu é que não regressaste...
Cresci, tornei-me uma árvore robusta, suportei os ventos que me dobraram, mas fiquei de pé à tua espera, alimentei-me da chuva, aproveitei o Sol mas vivi sobretudo daquela esperança que voltasses.
Agora que estou nua, em que já não resisto a mais uma estação, quando todos os que me rodeavam desapareceram porque se mudaram de paragens, porque morreram, porque me disseram "Ela não volta" - e eu mesmo assim fiquei, esperando, desesperando...
E agora, no fim das minhas capacidades e da minha resistência sei que tu não voltas...

Mas quem és tu?

Thursday, January 12, 2006

Fartei-me



Fartei-me daqueles joguinhos idiotas, de falsos poderes, de falsas intenções, de "bluffs" ridiculos e de jogadas baixas.

Querem jogar? Joguemos mas com as minhas regras!

Vampiros

Há pessoas que nos extraem toda a felicidade ou qualquer sentimento agradável, que parecem alimentar-se da nossa felicidade e regozijam com a nossa infelicidade ou os nossos azares.
Aqueles que apenas nos querem para retirar informações que para eles sejam de alguma forma úteis e lhes sirvam.
Há aquelas pessoas que, tendo saído da nossa vida há um tempo, depois regressam porque supostamente as coisas mudaram e essa mudança permitirá que se estabeleçam ou re-estabeleçam laços que foram cortados. O pior é que muitas vezes não é essa a verdadeira intenção, a intenção é espreitar para o nosso mundo e ver como é que ele está, se ainda está como se lembravam e se houve evoluções, se são as expectáveis ou não. Querem não estabelecer uma relação verdadeira mas apenas e só medir-nos o pulso, tirar aquela ultima satisfação, remover aquela ultima duvida. No fundo querem saber se ainda têm alguma importância para nós.
Para quê?
Não vale a pena, é arrancar crostas ou reabrir feridas que deveriam ficar tranquilas a sarar.
A comparação de “misérias” não tem nada de digno nem de dignificante, ninguém fica melhor por saber que outro está mal.


“No céu cinzento sob o astro mudo
Batendo as asas pela noite calada
Vêm em bandos com pés de veludo
Chupar o sangue fresco da manada

Se alguém se engana com o seu ar sisudo
E lhes franqueia as portas à entrada
Eles comem tudo, eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada

A toda a parte Chegam os vampiros
Poisam nos prédios Poisam nas calçadas
Trazem no ventre Despojos antigos
Mas nada os prende Às vidas acabadas

São os Mordomos do universo todo
Senhores à força Mandadores sem lei
Enchem as tulhas Bebem vinho novo
Dançam a ronda No pinhal do rei

Eles comem tudo, eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada

No chão do medo Tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos Na noite abafada
Jazem nos fossos Vítimas de um credo
E não se esgota O sangue da manada

Se alguém se engana com o seu ar sisudo
E lhes franqueia as portas à entrada
Eles comem tudo, eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada

Eles comem tudo, eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada”


Vampiros – Música de Zeca Afonso

Porquê que escrevo este texto? Porque não entendo, não entendi, não sei sequer se quero perceber, prefiro deixar as coisas como elas estão. A luz incidirá depois para me mostrar o que era pretendido.

Wednesday, January 11, 2006

Vitral 3

Vitral 2

Tuesday, January 10, 2006

Quem é quem em casa

É bom saber que apesar de existir um crescente femininismo, as mulheres continuam a ser mulheres. Elas querem tornar-se independentes e fazer tudo o que nós fazemos, mas nalgumas questões, não há quem nos substitua.

Porque é que me lembrei disto? É simples. Ontem cheguei a casa à 1 da manhã, após uma excelente conversa com um amigo e deparo-me com a minha irmã com um ar enojado:

- Tenho lagartas no tecto do quarto!!!!

Que é que eu poderia fazer se não ir tirá-las. Coitada, se não ela não ia dormir a noite inteira a pensar nas pobre larvas que lhe poderiam cair em cima da roupa, ou pior. Vendo bem até era capaz de ser interessante e tenho a certeza que alguns estudiosos gostariam de estudar todas as reacções inerentes de uma pequena reacção. Mas era a minha irmã...

Ah, para ela a pior parte foi quando percebeu que estavam vivas. Aí sim, foi o delírio...

Monday, January 09, 2006

Vitral 1

Saturday, January 07, 2006

Precisa-se

Friday, January 06, 2006

Heaven is a place on earth?

Thursday, January 05, 2006

Dieta forçada

Viver numa casa com raparigas é um drama. Toda a gente sabe que independente da ajuda que um homem dá em casa, normalmente quem faz as compras é a mulher, ou as filhas. a parte chata é quando elas estão de dieta... Um pobre de um homem, fica cheio de fome. Não há coisas boas no frigorífico, come-se bolachas de água e sal ao lanche durante meses a fio (às vezes temos sorte e à bolacha Maria, mas normalmente só porque há crianças em casa) e chocolates nem vê-los. É que mesmo que compremos um na rua e o comamos, elas detectam e fazem-nos a vida negra por as fazermos sofrer, causando-lhes o drama da inveja por nós podermos comer e leas não e não nos interessarmos pela sua vida e bem estar.
O cúmulo desta história, é quando vão a um restaurante. Comem uns bifinhos com cogumelos, cheio de molho de natas e depois pedem adoçante para o café. Ou pedem um peixinho e deixam as batatas de lado (estas engordam quilos) e para a sobremesa uma mousse de leite condensado. Vá-se lá perceber.
Mas o pior é quando vêm pedir ajuda.
-Ajuda-me a fazer dieta e a não comer porcarias!!
Quando vos disserem isto ignorem, não cometam o erro de comentar a sobremesa de chocolate, regada com chocolate e com um chocolate "on the side" que elas estão a comer no restaurante (sim, porque em casa nunca há chocolates). Elas chateiam-se e respondem mal. Parecem cães esfomeados agarrados a um osso. E depois queixam-se que põe batata na sopa.
Façam dieta sozinhas e deixem-nos em paz.

How Much Is My Blog Worth?

Um amigo meu descobriu este site ( http://www.business-opportunities.biz/projects/how-much-is-your-blog-worth/ ) a partir de uma discussão sobre qual o valor de 2 blogs rivais de um grupo de amigos. Chegámos à conclusão que os nossos blogs economicamente não valem nada.

Mas resolvi experimentar um outro blog: este. E não é que fico surpreendido com a seguinte mensagem.

Your blog, www.complicometro.blogspot.com, is worth $6,209.94

Resta saber, quem é que o irá comprar.

Wednesday, January 04, 2006

A little drop of rain

Tuesday, January 03, 2006

Inquietações

Não se inquiete quem ler este texto, resultado de uma intensa madrugada.
Depois de ter entrado na minha universidade, dois anos depois, decidi voltar a pegar nos exames nacionais do 12º de física e de matemática. Se no primeiro tinha tido uma excelente nota, o segundo foi um rotundo falhanço face às expectativas. Refiz o exame de matemática com extraordinária facilidade, teria tido uma nota soberba…
Ora bem, aqui está o “segredo” – passou tempo e eu adquiri novos conhecimentos.
Em Fevereiro deste ano cumprem-se dois anos desde de que comecei a alterar-me profundamente. Não sei se para melhor se para pior, nem isso é neste momento relevante.
Neste momento sou capaz de fazer aquilo que antes seria para mim impensável. Assumo muitas mais responsabilidades do que aquelas que previra ou desejava.
Perguntaram-me se eu não tinha pena. Pena de quê? Não há nada de que se ter pena, há sim que aprender com o que a vida nos traz.
Não pretendo pintar um quadro pacífico porque não é a realidade, mas também não é o caos completo.
Tenho feito o que me é possível, o melhor que sei. Não estou com isto a dizer que estou satisfeito, não estou, mas também não sei se posso estar tão insatisfeito como isso tudo.
Ainda tenho que aprender muita coisa, entre elas a perder este terrível sentimento de culpabilidade, de achar que poderia ter feito mais e melhor, quando de facto dependia de outros e não de mim.
Se alguma vez me perguntarem como gostaria que a minha vida fosse recordada, diria que gostaria que fosse como uma faena, galharda, com verdade, com sentimentos vivos.
Não me sinto triste, sinto-me por vezes angustiado e com medo.
Ao contrário de uns e de outros, eu tenho medo – medo de falhar a minha vida, de não ser feliz, de não ser capaz de amar e ser amado. Pode parecer uma estupidez mas tenho medo de repetir os erros de outros.
É talvez este medo que faz com que tenha tamanhos anti-corpos a determinadas pessoas e comportamentos.
O tempo vai passando e eu vou desejando que com ele venha a sabedoria que me permita refazer alguns passos, que faça com que perca alguns medos.
Estou a escrever e a reler este texto – sorri-me. Seria natural que pintasse o meu mundo e os meus pensamentos melhores do que eles de facto são, afinal estaria a fazer uma “propaganda” melhor de mim mesmo. A verdade é que ninguém é perfeito, ninguém está imune ao medo do desconhecido e de falhar.
E subitamente instalou-se uma calma (temporária?) interior que me faz sentir mais tranquilo e mais aliviado.
Estou no entanto numa de São Tomé – ver para crer – as mentiras que me têm tentado fazer engolir são de tal forma esfarrapadas que sinceramente, peço que não me insultem!


"A incredulidade de São Tomé" - Caravaggio

Verdade?

Às vezes as verdades estão encurraladas ou então são tão estranhas que nós as carregamos às costas esperando que os outros não as vejam.

Mas a questão é mesmo esta, é preferivel viver com a verdade do que viver numa mentira.

Há coisas que nos estão vedadas, que estão para lá do nosso alcance, seja porque fisicamente são impossiveis de aceder quer porque são socialmente inaceitáveis.
O que mais custa é perceber que há muita coisa que nos escapa ao controlo e à vontade, que o mundo não nos obedece e que as vontades podem ser diferentes das nossas.

Mais do que segurar as pontas alheias, o que me custa é que me mintam sorrindo e achem que eu não entendo. Posso não ser o mais intiligente dos Homens mas caramba, não sou assim tão estupido.

A mentira a mim não me fará mal a longo prazo, fará a quem a profere. No entanto doeu-me.

"A verdade é como o azeite, vem sempre à tona" - M.G.V.

Sunday, January 01, 2006

Desejos para 2006

Amizade, Amor, Felicidade e Paz!