Títulos
Hoje voltei a passar no mesmo escaparate em que vi um livro de autor português cujo título é: “Sexo na desportiva”.
Sem ter lido o livro e portanto sem qualquer ligação ao mesmo, sorri com o título. Afinal todos sabemos que o sexo vende.
Associei para além disso a ideia do “facilitismo”, das coisas que se fazem como se não tivessem consequências, sem nada que as torne importantes ou pesadas.
Não sei se é impressão minha mas parece que hoje em dia o sexo é encarado como um fim em si mesmo, um acto normal, desprovido de sentimento associado. Se comemos, bebemos, porque não temos também relações sexuais? Afinal de contas tudo é natural.
É esta forma muito superficial de encarar as coisas que me preocupa. As relações descartáveis, vazias de sentimento, em que tudo se resolve na aparência.
A ideia do sexo pelo sexo, em que hoje uma, amanhã outra é assustadora. Não me refiro apenas à questão da saúde física mas às sequelas que deixa noutro campo, o dos afectos.
As pessoas cada vez menos confiam no outro, desconfiam das atitudes, perguntam-se o que será que o outro quer obter e a ideia de que alguém pode gostar de nós só pelo que somos parecer ser um conceito cada vez mais transcendente.
A constante mudança impossibilita que se estabeleça o amor, mas tem a vantagem de nunca implicar compromissos e portanto se as coisas se tornarem sérias, chatas ou em algum momento angustiantes a solução é óbvia – muda-se.
Sexo na desportiva é negar todo o universo de afecto que precisamos, nem sequer é valorizar o físico, é ter no sexo uma espécie de droga que dá prazer, anestesia e que quando nos fartamos do outro mudamos.
Preocupa-me que numa sociedade que cada vez mais funciona por detrás de cortinas se insista na apologia do fácil, do descartável.
E no fundo, todos estes pensamentos derivam de um título de um livro cujo conteúdo ignoro…
Fica uma música "ingénua" com votos de futuro.
Sem ter lido o livro e portanto sem qualquer ligação ao mesmo, sorri com o título. Afinal todos sabemos que o sexo vende.
Associei para além disso a ideia do “facilitismo”, das coisas que se fazem como se não tivessem consequências, sem nada que as torne importantes ou pesadas.
Não sei se é impressão minha mas parece que hoje em dia o sexo é encarado como um fim em si mesmo, um acto normal, desprovido de sentimento associado. Se comemos, bebemos, porque não temos também relações sexuais? Afinal de contas tudo é natural.
É esta forma muito superficial de encarar as coisas que me preocupa. As relações descartáveis, vazias de sentimento, em que tudo se resolve na aparência.
A ideia do sexo pelo sexo, em que hoje uma, amanhã outra é assustadora. Não me refiro apenas à questão da saúde física mas às sequelas que deixa noutro campo, o dos afectos.
As pessoas cada vez menos confiam no outro, desconfiam das atitudes, perguntam-se o que será que o outro quer obter e a ideia de que alguém pode gostar de nós só pelo que somos parecer ser um conceito cada vez mais transcendente.
A constante mudança impossibilita que se estabeleça o amor, mas tem a vantagem de nunca implicar compromissos e portanto se as coisas se tornarem sérias, chatas ou em algum momento angustiantes a solução é óbvia – muda-se.
Sexo na desportiva é negar todo o universo de afecto que precisamos, nem sequer é valorizar o físico, é ter no sexo uma espécie de droga que dá prazer, anestesia e que quando nos fartamos do outro mudamos.
Preocupa-me que numa sociedade que cada vez mais funciona por detrás de cortinas se insista na apologia do fácil, do descartável.
E no fundo, todos estes pensamentos derivam de um título de um livro cujo conteúdo ignoro…
Fica uma música "ingénua" com votos de futuro.
"Love Me Do" - The Beatles
3 Comments:
Não concordo. Uma pessoa só pode ter uma opinião como a tua, se não gostar de sexo ou de experimentar fantasias sexuais. Para mim quantas mais mulheres melhor, e se elas quiserem só sexo, também estou disponivel. A vida é para ser vivida dia a dia e não a pensar logo no amanhã. Por isso um brinde a quem como eu adora sexo. :)
Todos nós gostamos de comidinha caseira mas cada vez mais recorremos ao fast food. Um dia enjoamos. Com o sexo é a mesma coisa. Até o "amigo" aqui de cima vai mudar o discurso um dia destes...
Olha que lindo o blog
Embora simples,com um conteúdo espectacular...Textos com os quais me identifiquei...comentando só pra elogiar mesmo,pq ta merecendo...
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