Wednesday, May 02, 2007

Tempo

Todos nós temos a noção que o tempo passa e que com ele vamos ficando mais velhos cronologicamente.

Chegamos então à “idade de” – supostamente é quando temos tendências, vontades, ambições ou desejos que se enquadram naquele escalão etário.

As idades compreendidas entre os 25 e os 35 (a traço grosso) são as idades da independência, em que começamos a pensar em sair de casa dos pais, em que olhamos para o outro com objectivo de firmar uma relação que nos permita depois avançar para a criação de uma família.

Ora, é das fases mais difíceis da vida por todas as alterações que implica, pela responsabilidade que se tem (ou devia ter). É nestas idades que nos sentimos presos entre aquelas adoráveis crianças que fomos e o adulto que queremos ser.

O que não é possível é ter o melhor dos dois mundos. Não é possível ser-se criança para umas coisas e querer ser-se o adulto noutras, infelizmente é um pack completo, ou um ou outro.

Na altura de rupturas mais ou menos fortes, mais ou menos zangadas, a afirmação da independência traz também a real noção da solidão que a vida nos reserva.

Não é que não se tenha amigos, namorad@s, eventualmente nos casemos e tenhamos filhos – tudo isto existe ou pode existir mas com todos eles vem a responsabilidade e a tomada de decisões.

Tomar decisões é ter presente que há implicações associadas.

Num país em que a maioria é avessa à tomada de decisões, em que responsabilidade é algo que é visto como algo tenebroso e pesado, em que as pessoas se escondem atrás de instituições, de nomes, de precedentes, na vida pessoal as coisas também não são muitas vezes diferentes.

Porque ando mais irritado, vejo com impaciência as ausências, as demissões, os assobiar para o lado que as pessoas fazem nas suas vidas.

É sempre tempo de mudança, e todas as mudanças geram medos nas pessoas, mas ao menos reconheçam o mérito de quem tenta mudar.

Não é por se ser mais decidido que se tem menos medo ou menos dúvidas, há é sim uma fé na mudança e nos resultados que se obterão com ela.

Acreditemos nos sonhos, sejamos capazes de almejar a mudança, definindo à partida se somos adultos ou crianças, aceitemos as consequências das escolhas e sobretudo que haja consciência.

2 Comments:

Blogger Bolinha said...

Gostei, é preciso tomar decisões sempre, não tomar decisões é que pode ser dramático, a malta até se pode arrepender de alguma decisão , mas decidiu algo que diabo, bêjo

May 04, 2007 9:52 PM  
Anonymous Anonymous said...

Sim, PERFEITO!

May 05, 2007 8:25 PM  

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