Sunday, January 13, 2008

Adeus

Sem grandes explicações fica apenas isto: vou-me embora, a todos quanto me leram obrigado.

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Wednesday, January 02, 2008

À direita do Pai

Estando este espaço a definhar rapidamente porque a seu fito se alterou substancialmente, a verdade é que tem um lugar especial.

Naquilo que foi uma busca pela felicidade que julgava perdida, encontrei várias coisas curiosas, umas partilhei neste espaço, outras são pessoais e intransmissíveis.

Há no entanto uma sensação agridoce de ter parcialmente encontrado o meu lugar na vida.

Sendo tendencialmente insatisfeito sinto-me mais pacificado. Lembro-me de algumas coisas que me disseram e que na altura me abalaram profundamente e que agora me fazem sorrir. Às vezes o que mais queremos está mesmo debaixo do nosso nariz e nós é que não vemos.

Não dou particular importância à mudança do ano civil, mudanças… existem muitas, mas umas mais importantes que outras.

Finalmente foram postos em movimento acontecimentos que dificilmente pararão mesmo que o desfecho seja – à altura em que escrevo – imprevisível.

Estando ainda insatisfeito, é com desmedido orgulho que penso no “ser rijo”.

Penso naquela caneta tão especial, com aquele nome que para mim é mágico. Senti naquele momento que afinal tinha encontrado o meu lugar familiar – sentado não à direita do Pai, mas na cadeira que, bem vistas as coisas, fui eu que construi sozinho tendo por base aquela doçura que só vi/senti naquele homem impar.

Friday, December 07, 2007

Saudades

As saudades que tenho de ti, do nosso tempo, das nossas conversas.

Sinto saudades de ser sempre pequeno e despreocupado.

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Sunday, December 02, 2007

Sinto...

... vontade de chorar...

Thursday, November 22, 2007

“Voando sobre um ninho de cuscos”

Regem-se pelo lema: “Para quê puxar pela cabeça? Já se escreve por aí tanta coisa bonita. Este é só um blogue de citações.”

Qual não foi o meu espanto quando ao visitar o blog da minha irmã descubro que afinal ela tinha sido cuscada, mas ainda maior foi o meu espanto quando descubro que afinal uma frase minha tinha passado a figurar em tão ilustre listagem de citações…

Concorde-se ou não com o retirar de frases do contexto mas vale a pena espreitar este “Ninho de Cuscos” (clicar no título do post s.f.f.) – tudo passa a ter um significado diferente.

Enfim, citações para todos os gostos e interpretações. Se são bonitas ou não isso já acho mais discutível…

Monday, November 12, 2007

Será que são os homens que têm medo do compromisso?

Numa época em que à minha volta vão existindo mudanças significativas, e pela partilha de várias histórias, um grande amigo meu e eu em amena conversa ficámos a pensar se seriam os homens que têm medo do compromisso ou se isso agora seria uma característica feminina.

Tenho assistido a vários amigos meus sonharem com o casamento, com o formar família e vejo-os chegar com ar completamente lívido e espectral porque quando o referem à pessoa querida a resposta é quase sempre a mesma: “Casar? Mas o que te passou pela cabeça? Claro que quero… mas não já… algures no futuro… talvez… ”

A verdade é que eles é que ficam “lixados” porque sentem – como aliás me parece natural – que fizeram figura de parvos e vêem o futuro a desaparecer e são apoderados por aquela sensação de “test drive” – gostam deles mas… há que ver o que acontece.

O que justifica esta aparente frieza feminina?

Há ainda a corrente das mulheres que recusam o nome do marido – também aqui haverá várias explicações.

Pergunto-me se não somos todos vítimas da ideia de “Amor Ideal” que alguém inventou e não andamos a deitar fora a felicidade que temos à procura de uma que seja de tal forma forte que arrase connosco e nos faça perder a cabeça. Não haverá aqui demasiada literatura de cordel? Não terá Hollywood algumas culpas no cartório?

Haverão de certeza justificações para estes comportamentos – seja a ideia do tal “Amor Ideal”, as famosas “borboletas no estômago”, a emancipação da mulher entre outras.

Antes que se gerem equívocos, sou defensor da emancipação das mulheres e da sua liberdade, questiono é se este é o caminho. Será que por antes os casamentos serem por conveniência não haverá agora um certo estigma que as leve a uma procura incessante de um amor “larger than life”?

Quanto à questão da adopção ou não do nome do marido, os argumentos são mais que muitos. Parece haver um certo desconforto com a ideia de que usando o nome do marido se fique rotulada de “pertencendo a”. Há ainda o argumento de que como nos casamos cada vez mais tarde, quando casamos o nosso nome já é conhecido profissionalmente e que portanto adoptar o nome do marido implica perder o “capital” conseguido antes em termos de trabalho.

Confesso que não percebo a questão do rótulo “pertencente a” porque uma mulher não é um fio que se use ao pescoço, um carro ou um qualquer objecto, é um ser humano. Não concebo a ideia de um ser humano ser pertença de outro – distingo no entanto o “pertencer” no sentido afectivo que no fundo quer dizer que se está com o outro indefectivelmente, apoiamos o outro “no matter what”, somos o seu apoio em todas as circunstâncias.
Percebo melhor a ideia de que a adopção de um nome pode significar uma perda em termos de “capital” no mercado de trabalho mas contra-argumento dizendo que quer conhece a história dos candidatos e fica apenas a saber que aquela pessoa é ou foi casada com fulano.

Não resisto a uma pequena alfinetada: Não haverá aí um certo acerto de contas com o passado histórico?

Não sou ingénuo ao ponto de achar que todos os homens são correctos ou sequer querem comprometer-se mas não deixa de ser um espanto assistir – por mais do que uma vez – a um aparente medo no feminino do compromisso.

Será sinal dos tempos? Estarão as mulheres a comportar-se como os homens que tanto criticavam?

Renascimento

Veio esta semana a publico que está em Portugal uma obra de arte que se julgava desaparecida desde o século 18 – a obra em questão é da autoria de Tintoretto e encontra-se no Mosteiro de Santo Tirso.

É uma notícia que para mim é importante – apareceu em Portugal uma obra de um dos últimos mestres do Renascimento, uma obra de arte de qualidade maior, única no país.

O quadro vai agora ser sujeito a peritagens embora haja à partida um consenso alargado que a obra é genuína.

A confirmar-se estamos perante um acontecimento impar na cultura em Portugal – resta agora saber se o Governo terá a celeridade necessária para assegurar a permanência da obra no país ou se corremos o risco que a mesma se perca.

É difícil expressar a felicidade que sinto por saber que Portugal pode ter passado a estar no roteiro dos países com grandes obras renascentistas – espero que tal seja de facto aproveitado.

Thursday, November 08, 2007

Espreguiço-me

Penedo - Sítio da Nazaré

Coração

Tenho sido várias vezes acusado de ser uma pessoa fria, crítica que não considero muito justa mas que enfim, em algumas circunstâncias até percebo que me achem distante.

A verdade é que nada nesta vida é sem um fio de ironia e agora sou eu que acho que os outros são frios.

Parece que entrou tudo na onda da racionalidade e eu estou num registo diferente, estou no registo dos pássaros que cantam e das flores que desabrocham, estou perdido nas minhas emoções quanto aos projectos que defendo e quero concretizar. Por outro lado sei que para alcançar o que quero tenho que fazer várias manobras de paciência o que me irrita porque queria tudo e mais depressa (sim, eu sei que sou guloso).

A calma em que muitas das pessoas que me rodeiam estão irrita-me de sobremaneira – estou cada vez mais convencido que uma vida só vale a pena ser vivida se for toda ela extraordinária – isso implica correr alguns riscos, apostar em algumas coisas e claro está umas vezes correm bem, outras nem por isso mas sinto que há uma enorme aversão ao risco e isso irrita-me.

Definir o risco a que me refiro é complicado…

Risco no sentido de ir ao encontro dos outros, de ser capaz de acreditar nos outros, de traçar projectos enormes mesmo que não se cheguem aos objectivos – é o tentar ser maior que a vida.

Risco é tentar o extraordinário no dia-a-dia.

Sinto a frieza das pessoas quando se contentam com pouco, com o “pelo menos” ou “menos mau”.

Estou farto desta moda do “convencional”, do “habitual” – assumi o que queria e não percebo o porquê de ter medo dessa escolha.

Quero a minha torre e o meu castelo, quero que as pessoas se apaixonem pelos mesmos ideais que eu tenho, quero sentir que as faço viver com as minhas inquietações, com os meus projectos.

Quero ver nos outros emoção, alegria, desejo, vida!