O meu grito do Ipiranga!!!

Os últimos dias têm sido longos, com muito trabalho e pouca paciência.
As noites então têm sido para esquecer, não por causa das horas a que me deito com os trabalhos mas sim pela quantidade de pesadelos ou sonhos menos agradáveis que tenho tido.
Não sei (ou sei) porquê mas há pessoas, situações e decisões que tomei ou que acho que devia ter tomado que não me saem da cabeça.
Tenho, nestes últimos tempos, “fugido” ao conflito e a assumir claramente o que quero. Como dizem os ingleses – No more!!!
Fui delegado do meu curso, participei numa alteração do calendário escolar, negociei alterações curriculares e tracei com um grupo de pessoas planos a médio, longo prazo. Afastei-me porque achei que o meu tempo tinha terminado mas acho que chegou a altura de regressar e voltar a lutar pelos meus ideais e pelas minhas ideias.
Quanto à minha vida pessoal, tenho penhorado algumas ideias e alguns sentimentos mas também isso chegou a um fim. Chamem-me malcriado, egoísta ou o que quiserem, eu sei o que quero e não tenciono desistir de o obter. Dei um tombo grande há algum tempo é verdade mas o passado é isso mesmo, passado. Aprendi algumas coisas e tomei consciência de muitas outras e neste momento prefiro pensar que estou de novo capaz de “pegar o touro pelos cornos”. Estou mais desencantado com a vida e acredito cada vez menos em finais do género: “… e viveram felizes para sempre!” mas não desisti de ser feliz ou sequer de tentar fazer os outros felizes. Irrita-me não poder dizer tudo o que me apetece e sobretudo que não me digam muitas vezes aquilo que lhes apetece dizer. Prefiro que ponham as cartas em cima da mesa do que estar numa espécie de jogo a três mãos em que ninguém diz nada para não se comprometer. Lamento que o meu tom não seja sempre o mais doce do mundo e que pareça muitas vezes irritado. Estou irritado, estou entorpecido pela monotonia dos consensos quando o que se impõe são decisões claras que podem implicar cortes.
Não estou a “contar espingardas” mas estou-me a preparar para assumir os conflitos que não quis abrir e que estão latentes, quero voltar a ser temerário nas minhas escolhas, atroz nos meu sentimentos, “rugir” com toda a plenitude de quem não deseja mal a ninguém mas que quer fazer com que as coisas aconteçam como ele quer.