Apanhada
Tenho dificuldade em verbalizar tudo aquilo que sinto neste momento sobre vários aspectos, muitos dos quais não passam por este espaço.
Há um tempo atrás decidi procurar o meu próprio caminho neste estranho lugar que é o mundo. Decidi refazer as minhas ideias, despir-me de preconceitos, retirar a armadura que mesmo enferrujada vestia todos os dias para sobreviver.
Subitamente dou por mim a meio do caminho, já não avisto o ponto de partida mas também não vislumbro ponto de chegada.
O curioso é que me lembro do ponto de partida, daquela ínfima parte que era o meu mundo que eu controlava porque sabia qual era a reacção a determinada acção. Saí dali porque não me sentia satisfeito.
Agora estou algures num caminho mais ou menos longo, com a imagem de um futuro que é o que pretendo mas que sinceramente se me começam a esgotar as ideias de como o alcançar e o canto de sereia do mundo que quero deixar e do qual me afastei a dado momento.
Não tenho quem me amarre ao mastro enquanto passamos as sereias e portanto me impeça de voltar atrás e também não sei se resisto à tentação de regressar ao “modus operandus” que conheço mas do qual desgosto.
Lembram-se de jogar à apanhada?
Lembram-se de haver um local seguro – o coito?
Não se eram ou não rápidos a correr, eu não era e portanto não me afastava assim muito do coito não fosse o Diabo tecê-las.
No entanto agora parece que tenho mesmo que deixar para trás o meu local seguro e explorar mais à frente, naquele lugar que está mesmo ali mas que não sei onde é.
Dir-se-á: é a travessia do deserto.
Talvez seja, mas não estava já eu a fazê-la? Perdi-me no caminho? Sofro de miragens?
Não reconheço as estrelas que supostamente me norteiam, não sei muito bem que mais fazer confesso, esforço-me para chegar lá mas não sei se estou a ser capaz…
Ah, aquele canto de sereia reconfortante, tão doce que é…
Olhando para a frente (o pior é que não sei muito bem o que isso é) vejo um terreno árido, com muito sacrifício que me tenta dissuadir de o atravessar.
Sou teimoso no entanto, e tenciono lá chegar. No fundo é uma peregrinação a um local desconhecido que não implica que chegando lá, lá permaneça.
No meio de tudo isto lembro-me das promessas que me fizeram, que fiz, que pairam no ar e das quais desconfio.
Serão facilidades a mais? Gostarei eu assim tanto de travessias mais ou menos árduas?
São tudo perguntas de resposta difícil e agora sentei-me na encruzilhada à espera de decidir se avanço, e se sim, para onde?
Sobretudo quero respostas, respostas às minhas perguntas pessoais e que uma vez obtidas me tragam a tranquilidade que desejo. Virão outras dúvidas mas isso… é inevitável, mas sobretudo quero que quando cheguem olhe para elas com uma certa calma.
P.S. - escrito há já alguns dias mas ficou à espera de saber se o ia colocar aqui ou não.
Há um tempo atrás decidi procurar o meu próprio caminho neste estranho lugar que é o mundo. Decidi refazer as minhas ideias, despir-me de preconceitos, retirar a armadura que mesmo enferrujada vestia todos os dias para sobreviver.
Subitamente dou por mim a meio do caminho, já não avisto o ponto de partida mas também não vislumbro ponto de chegada.
O curioso é que me lembro do ponto de partida, daquela ínfima parte que era o meu mundo que eu controlava porque sabia qual era a reacção a determinada acção. Saí dali porque não me sentia satisfeito.
Agora estou algures num caminho mais ou menos longo, com a imagem de um futuro que é o que pretendo mas que sinceramente se me começam a esgotar as ideias de como o alcançar e o canto de sereia do mundo que quero deixar e do qual me afastei a dado momento.
Não tenho quem me amarre ao mastro enquanto passamos as sereias e portanto me impeça de voltar atrás e também não sei se resisto à tentação de regressar ao “modus operandus” que conheço mas do qual desgosto.
Lembram-se de jogar à apanhada?
Lembram-se de haver um local seguro – o coito?
Não se eram ou não rápidos a correr, eu não era e portanto não me afastava assim muito do coito não fosse o Diabo tecê-las.
No entanto agora parece que tenho mesmo que deixar para trás o meu local seguro e explorar mais à frente, naquele lugar que está mesmo ali mas que não sei onde é.
Dir-se-á: é a travessia do deserto.
Talvez seja, mas não estava já eu a fazê-la? Perdi-me no caminho? Sofro de miragens?
Não reconheço as estrelas que supostamente me norteiam, não sei muito bem que mais fazer confesso, esforço-me para chegar lá mas não sei se estou a ser capaz…
Ah, aquele canto de sereia reconfortante, tão doce que é…
Olhando para a frente (o pior é que não sei muito bem o que isso é) vejo um terreno árido, com muito sacrifício que me tenta dissuadir de o atravessar.
Sou teimoso no entanto, e tenciono lá chegar. No fundo é uma peregrinação a um local desconhecido que não implica que chegando lá, lá permaneça.
No meio de tudo isto lembro-me das promessas que me fizeram, que fiz, que pairam no ar e das quais desconfio.
Serão facilidades a mais? Gostarei eu assim tanto de travessias mais ou menos árduas?
São tudo perguntas de resposta difícil e agora sentei-me na encruzilhada à espera de decidir se avanço, e se sim, para onde?
Sobretudo quero respostas, respostas às minhas perguntas pessoais e que uma vez obtidas me tragam a tranquilidade que desejo. Virão outras dúvidas mas isso… é inevitável, mas sobretudo quero que quando cheguem olhe para elas com uma certa calma.
P.S. - escrito há já alguns dias mas ficou à espera de saber se o ia colocar aqui ou não.
1 Comments:
Luís, se precisares de um companheiro na tua caminhada avisa. Gostava de saber o que se passa contigo mas a vida não nos tem dado muito tempo. Muito por culpa minha, muito por deixar andar.
Preocupa-me esse teu sentimento...
Um grd abraço
Post a Comment
<< Home