Monday, November 13, 2006

Na névoa

Vista da Guia, Cascais

Encontrei hoje um professor de quem guardo excelente opinião, não só por ser um homem sério mas por permitir aos alunos um contacto “livre”. Não fala de politica porque não é o seu papel enquanto professor mas já agora…, quando o seu clube de futebol joga todos sabemos…, mas aquilo que o demarca de muitos outros professores que tive é que sempre ouviu com genuíno interesse aquilo que os alunos lhe tinham para dizer.

Sendo uma pessoa substancialmente mais velha poder-se-ia esperar que não desse importância à opinião de pessoas muito mais novas, mas não só dá importância como nos estimula a critica, fazendo-nos perceber que nada está acima de critica desde que a mesma seja honesta e construtiva.

É um dos homens mais simpáticos que eu conheço, que tem o cuidado de não traçar juízos de valores das pessoas.

Vê-lo hoje, muito mais magro, com ar abatido causou-me estranheza. Ao ver-me cumprimentou-me de forma muito simpática como sempre o fez, falámos um bocado de trivialidades em que entre uma graça e outra, ambos nos rimos.

Perguntei-lhe se estava bem, e fez um sorriso que não disfarçava a tristeza. Aquele homem enérgico que eu conhecia tinha adoecido com alguma gravidade e está agora muito diminuído. Da conversa de hoje ficou uma frase: “(…) e são todos tão novos (…)”.


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