Thursday, November 09, 2006

“Love Actually”

Na limpeza do meu computador estava lá a banda sonora deste filme.

Vi o filme no cinema, com a minha então namorada. Ela gostou do filme, eu não.
A pessoa com quem fiz grande parte dos meus trabalhos de grupo, também ela uma rapariga também gostou do filme.

Confesso que detestei o filme, gerou em mim uma ansiedade como poucos conseguiram e fiquei-lhe com asco.

Não entendi qual a beleza de um filme em que parece que todas as relações estão condenadas, em que o adultério parece ser uma constante e a força que gera a mudança.

Para mim foi um filme no qual mais que a vitória do Amor, é a vitória da Infidelidade que é louvada e após a qual então sim, há espaço para o Amor.

Não percebi como é que se consegue gostar de um filme em que uma relação de anos é deitada a perder por uma secretária atrevida, em que um homem volta para casa porque estava preocupado com a sua mulher apenas para a encontrar na cama com outro, fugindo para fora do país para encontrar um amor do qual não sabemos desfecho. Não percebi qual a ideia de um Primeiro-Ministro se apaixonar por uma das suas empregadas, negando a evidência e depois aceitando-a, não percebi. A história de um musica acabado que regressa aos tops e que no meio da euforia se lembra que afinal a única pessoa que sempre o ajudou estava sozinha e decide ir ter com ela.

São muitas histórias que se cruzam mas em que parece haver uma ligação, não o Amor como fazem apanágio mas a desilusão que depois faz com que se refaça a posição mas sem nunca sabermos como quem é traído realmente se sente.

Dei por mim a pensar que a decepção pode ser sem duvida um motor de mudanças, mas não concordo com a propaganda à infidelidade, à mudança “barata”.

Mudança “barata” no sentido em que todos eles procuram no outro o que lhes falta interiormente, aquilo que não foram capazes de resolver falando com o seu par, a busca incessante de uma segurança que se torna apenas uma ilusão momentânea.

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