Monday, October 16, 2006

“O bom, o mau e o vilão”

Numa altura em que ando em fase de cruzeiro pela minha própria existência, a tentar perceber muita coisa que é (pelo menos para mim) difícil de encaixar, tenho revisto muitos filmes de quando era pequeno.

Curiosamente percebi que a ideia de um herói de capa e espada, que se vê numa situação de aperto e que se transcende, defendendo todos, conseguindo através do seu sacrifício obter o “Bem Maior” é uma constante dos filmes que vi em pequeno.

Com o passar dos anos percebi que isto do “Bem Maior” tem muito que se lhe diga. Estranhamente as pessoas não se comportam como nos filmes… Não é que desconfiam dos nossos motivos? Duvidam que os mesmos sejam nobres e bem intencionados.

Ora, da junção de muita coisa descobri que tentar ser aquilo que os outros não querem é desgastar-nos estupidamente e que às vezes, mesmo sabendo que o que vão fazer é um disparate temos que os deixar ir.

Não me sinto confortável com deixar ir algumas pessoas confesso mas se as seguir vou-me transformar em algo que não quero.

Dos vários filmes que tenho visto escolhi “O bom, o mau e o vilão” para título. Isto porque no fundo nenhum dos três é bom, mau ou vilão. Cada um deles é um pouco de tudo mas no fim, uma destas “virtudes” é a que sobressai mais em cada um deles. No fundo é isso que acho que se passa com qualquer um de nós, temos traços de “bom”, de “mau” e de “vilão” e a forma como vivemos acentua mais um deles que é o que se torna dominante mas sem que qualquer um dos outros desapareça.

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