Thursday, August 18, 2005

Momentos especiais

Finalmente, para o bem ou para o mal resolvi a minha questão pendente. O que daí sairá só Deus sabe.
Comecei a gozar de uns dias de praia, não de qualquer praia mas a minha praia, aquele que conheci desde que nasci.
É difícil definir a sensação mas quando tudo parece que se abate sobre nós, há coisas que nos fazem sentir tão bem que não há mais nada no mundo.
Cheguei à “minha praia” exausto, com olheiras, um estranho num local onde antigamente conhecia todas as famílias que já lá não estão, onde os amigos que antes trocaram juras de amizade eterna e prometeram passar sempre férias juntos.
Há anos que as coisas tinham mudado mas este ano porque antes de entrar de férias tive que tomar uma decisão que claramente vai mudar a minha vida a nível de trabalho.
Regressar aquela praia era como que voltar a sentir a despreocupação de quando era uma criança que todos conheciam e todos sabiam qual o toldo onde estava e me encaminhavam até lá quando eu me perdia.
Regressei envolto no anonimato que a idade trás quando as coisas se alteram mas sentido sempre que aquela é a minha praia, o meu cantinho de infância onde nada de mal me pode acontecer.
Qual não foi o meu espanto quando a senhora que me vendia gelados tinha eu 4/5 anos me chama pelo nome e começa a falar comigo – voltei a sentir a doce ternura que aquele lugar tem para mim, foi um momento mágico.
Agora que as decisões estão tomadas, olhando para este episódio, lembro-me de quanto tudo é relativo.
Estou de novo coberto de sal do mar, desgrenhado, exausto mas cheio de vontade de regressar à minha praia onde o tempo afinal parece que pára um pouco e onde as preocupações não entram…

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