Tuesday, December 05, 2006

Auto censura

Quando escrevo neste espaço escrevo não sob o manto do anonimato (porque os textos estão “assinados”) mas normalmente quem me lê não tem relação directa – excepção feita aos amigos e irmã.

Quando sabemos que há quem nos conhece que lê o que escrevemos sentimo-nos constrangidos ou pelo menos eu sinto. Sinto porque escrevo sobre muita coisa, algumas com ligação directa, outras longe daquilo que as pessoas podem entender. No entanto nada as impede de interpretar o que está escrito mas isso pode gerar mal entendidos.

Um exemplo? A foto de um aparente penhasco. Não olhei para ela como algo que lembrasse a morte, o precipício ou “ideias suicidas”.
Olhei como se olha para uma passagem – estreita, feita de rocha de um lado e de outro, áspera portanto, mas que depois abria no mar, local ao qual associo à linha do horizonte, ao azul que se perde no infinito e se junta ao azul do céu como se tudo tivesse uma continuidade tranquila.

2 Comments:

Blogger Firehawk said...

Só te posso dizer que a auto censura é boa numas alturas mas péssima noutras. É ela que ´nos leva a restringir palavras, evitar certos assuntos, ter medo de magoar, de escrever. É preferível ouvir um "ralhete" a calar.

December 06, 2006 11:05 PM  
Blogger João Magriço said...

Não te contradigo na auto-censura,mas apenas que penses duas vezes antes de dizer o que pensas. Analisa as consequências. Mas, como eu sei que fazes isso na tua vida e não o precisas de fazer neste blog, estás bem.
Em relação ao penhasco, eu só referi o suicídio porque achei que estavas a precisar de uma piada...isto dito assim não parece nada engraçado :-p
Em relação às coisas bonitas da vida que de vez em quando nos dás o prazre de as conhecer, não te limites a admirá-las, alegra-te e sorri por existirem. A boa disposição é das melhores coisas que existe.

Um grande abraço meu caro

December 11, 2006 12:40 PM  

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