Thursday, October 27, 2005

Untitled

Estou sem duvida a entrar em fase egoísta de pensamentos. Farto de que prometam e não cumpram, que fiquem do lado de fora da minha vida, que não queiram saber a verdade daquilo que se passa.
Pode ser que ela seja complexa mas não me vêem desistir por isso pois não?
Com que direito se atrevem a dizer-me “tu nem imaginas como é a minha vida, é impossível gerir um horário tão complicado”?
Há três pessoas que quando lerem isto e porque sabem exactamente o que se passa percebem o que quero dizer, os outros, se não perceberem é talvez porque não é para perceber.
Descobri que talvez ande à procura de algo que não é para eu procurar, como diria um candidato presidencial “o futuro a Deus pertence”. É verdade, ele que venha e que traga com ele o que for. Fartei-me, é assim tão difícil de perceber?
Sempre que oiço esta música lembro-me dos bons momentos que tivemos juntos, que não voltarão nunca mais mas que também não se apagam. Dançámos abraçados esta música, peguei-te ao colo…

“Speak softly, love and hold me warm against your heart
I feel your words, the tender trembling moments start
We're in a world, our very own
Sharing a love that only few have ever known

Wine-colored days warmed by the sun
Deep velvet nights when we are one

Speak softly, love so no one hears us but the sky
The vows of love we make will live until we die
My life is yours and all because
You came into my world with love so softly love

Wine-colored days warmed by the sun
Deep velvet nights when we are one

Speak softly, love so no one hears us but the sky
The vows of love we make will live until we die
My life is yours and all because
You came into my world with love so softly love”

"Speak Softly Love" - Andy Williams

Foi, já não é. Terminou o que tinha que terminar nessa altura como agora há outras coisas que têm que terminar, ou melhor que nunca deviam ter acontecido. Aconteceram, espero ter aprendido com elas.
Às vezes, só às vezes gostaria que as pessoas fossem capazes de pedir desculpa pelo que fizeram mesmo inconscientemente (se é que foi inconsciente).
Agora como há algum tempo atrás regresso à minha travessia do deserto, procurando que as miragens não tomem proporções que não têm, contando com os meus amigos para me chamarem à realidade.
Estou de novo em limpezas interiores, a limpar os armários, que têm tanta coisa acumulada, notas desafinadas, letras soltas, peças sem encaixe…
Basta! Não quero comiserações nem nada que se pareça. Acabaram aqui as minhas queixas mas também tenho o direito de as fazer, porque afinal, de acordo com outro candidato à Presidência da Republica “o direito à indignação e ao protesto está consagrado na Constituição”.
Sim, estou indignado, não com aquela ou com outra pessoa, terão as suas culpas pelo que disseram, pelo que fizeram, pelo que prometeram, pelo que aparentaram, mas nada disso importa. Haverá quem diga que me estou a vitimizar, é-me indiferente.
Em todas as circunstâncias à sempre uma quota-parte de responsabilidade e a vossa só tem a relevância que eu permiti que ela tivesse – ou seja?
Dei demasiada importância aquilo que não tem importância, procurei cegamente aquilo que ninguém me pode dar, mas procurei no outro e não em mim, caí no erro que mais detesto. Projecção? Talvez, em parte mas noutra, ninguém teria interpretado de forma diferente os “sinais”.
Volto a vestir a já velha armadura que alguns já conhecem de ginjeira, volto aos hábitos que tinha decidido deixar cair. Falhanço? Acho que não, é mesmo incapacidade de mudar porque não volto a correr o risco de me magoar desnecessariamente. Quem quiser que tente passar pela couraça. Não sou tão “mau” como pareço mas preciso de me munir de novo da minha dureza para aguentar os embates e os golpes que me desferiram quando deixei que entrassem. Pedras na muralha? Não, muito pior que isso, as brechas serão colmatadas com artilharia, será mais eficaz a repelir eventuais tentativas de aproximação indesejada.
Tentei, ninguém pode negar isso, mas se não dá, não insisto, tenciono preservar-me e se para tal tiver que atirar a matar, não duvidem que o farei.
Discurso bélico? Não, irado, furioso, de alguém que se fartou da tendência “sim mas…” – mas nada. It’s all or nothing from now on.
Venha o trabalho, que me consiga assoberbar para que não perca tempo a pensar naquilo que não merece.
Provarei que tenho razão, mesmo não tendo entrada na empresa que quero, venha o trabalho a seguir, veremos se tenho ou não unhas para tocar guitarra.
Saio do meu lugar de comentador de bancada onde tenho estado, a ver os outros jogarem, volto a pôr as cartas na mesa.
Não é um regressar vingativo, é uma necessidade porque me recuso a aceitar que as pessoas são todas assim, têm de haver pessoas com brio, com esmero, com capacidade de aguentar as situações, que não dão o dito por não dito, que não se esquecem de tudo e mais alguma coisa.
Encontrarei quem não queira viver apenas para a sua miserável carreira por muito fulgurante que ela seja.
Deixo aqui uma mensagem especial: tu que dirás que eu sou arrogante, pretensioso, vaidoso, irascível, irritante, pobre de espírito e outros mimos deste calibre, respondo-te apenas: “a verdade é como o azeite, vem sempre à tona”.
Retomo este espaço para mim e para quem convidei a escrever nele, quem se sentir incomodado com o que lê, faz favor de ler outros blogs mais ao seu gosto, há muitos…

1 Comments:

Blogger João Magriço said...

Às vezes sabe mesmo bem dar um grito do Ipiranga e dar a volta à vida. Se precisares de alguma coisa tlf. Ainda tenho os teus DVDs lá em casa, assim que puder devolvo-tos.
Um grande abraço de alguém que te considera, honesto, altruísta, divertido, inteligente, fiel... um grande amigo

October 27, 2005 1:13 PM  

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