Tuesday, October 18, 2005

Como as árvores

Todos nós crescemos, evoluimos e alteramo-nos. Porque será que uns de nós não são capazes de evoluir no sentido ascendente, despindo-se dos seus medos e preconceitos e tão simplesmente serem honestos?
Se ajudo alguém não peço nada em troca, faço-o porque quero, sem segundas intenções. Disseram-me há tempos que não o devia fazer mas a resposta é tão simplesmente esta: se não tentar ajudar as pessoas então não sou eu.
Tenho pouca vontade de escrever, ando absorvido pelo meu trabalho e pelos meus pensamentos.
Ficam aqui estas "notas soltas"...

4 Comments:

Blogger Maríita said...

A questão é que tu tentas ajudar as pessoas sem pedir nada em troca, porque tens uma natureza incapaz de ver um problema e não o tentar resolver, sobretudo se envolver pessoas que aprecias. Estou a pensar em dois exemplos que se deram na tua vida recentemente.

Em ambos, peço desculpa pela minha brutalidade, foste usado tipo pastilha elástica, enquanto tiveste sabor e um propósito, estiveste lá. Em ambos, foste cuspido para o caixote. Podem vir com as lenga lengas que queiram e dar a volta ao texto que queiram, mas foi isto que aconteceu.

No entanto Luís, deves averiguar da natureza das pessoas que tentas ajudar, porque as pessoas que tentaste ajudar no passado não valem nada, nem sequer apreciaram a tua tentativa. Acho, honestamente, que nem se deram conta que tu tiveste num caso que sair do teu caminho para ajudar e no outro, pelo menos tiveste que pensar sobre o assunto. Se alguém, não dá valor a isto nos dias de hoje e no mundo egoista em que vivemos, então são pessoas desprovidas de qualquer valor.

Tenho assistido ao longo dos anos ao teu crescimento, e vejo que por ciscunstâncias da vida que ambos conhecemos bem, começaste a dar cada vês mais valor aos teus amigos e sei que há dias em que sais do teu caminho para os ajudar, tens tentado despir-te dos teus preconceitos e tens tentado crescer. Os teus amigos apreciam-te por esse monumental esforço, são poucas as pessoas capazes de fazer um bom exercício de auto-critíca. Quanto às outras pessoas, pensa no que aprendeste com elas, e deixa-as ir, ou como diriam os italianos "lascia perdere", não valem o esforço.

Se tentares ajudar alguém que pense que te tem que recompensar com dinheiro, ou uma qualquer forma de relacionamento afectivo, ou qualquer outra coisa que lhes passe pela cabeça, pensa que o mundo interior dessas pessoas tem o tamanho da cabeça de um alfinete e não percas demasiado o teu tempo porque "felizes os pobres de espírito que deles será o reino dos céus". Preocupa-te antes com aquelas pessoas que necessitam efectivamente de ti na sua vida. De momento consigo pensar em algumas...
Beijinhos

October 19, 2005 10:45 AM  
Blogger João Magriço said...

Querida Maria, a Caridade é a maior virtude que existe. Por isso, Luís, nunca deixes de ser como és. É, como disseste, isso que te define. É verdade que as outras pessoas não se vão mostrar agradecidas, e depois. Conseguirias viver ctg próprio se soubesses q pudeste ajudar uma pessoa q necessitava, apesar de ser uma besta, e não o fizeste. Pelo que te vou conhecendo, sei que não.
Mas esse esforço nunca é em vão, Deus aprecia-o, e Ele disse: "de tudo o que deres, recebereis ainda nesta vida na medida de 100 por 1" e isto se não quiseres contar com a outra Vida. Mas este é o meu mal de ser católico...
E como uma certa marca publicita por aí: "Sou sumólico e gosto" (o meu era de ananás, sff :-p )

October 19, 2005 12:47 PM  
Blogger Ginja said...

Olá Luís.
Tenho estado quase sempre sem acesso à net e passei por aqui para saber como tens andado. Sim, tb há telefones e tal ... enfim, a tal coisa de escrever ! Li este post e li a resposta da Maria (olá Maria): porque se perde tanto tempo a pensar nisso ... ? Também sei o que é estar no lugar da pastilha elástica, olá se sei . Mas há pastilhas e pastilhas. As pessoas às vezes magoam-nos sem pensar, nem se apercebem que nos usaram, ou melhor, nem se apercebem que nos sentimos usados. Isso não lhes tira valor, apenas não lhes acrescenta nada ao que eram antes. Não são piores, são só ... diferentes... e então talvez seja melhor ficarem "longe". E sentimo-nos muitas vezes ofendidos com as maneiras tontas que os outros têm de agradecer o nosso empenho ... que às vezes mais valia estarem calados e quietos. Mas será que isso chegava ??? E (desculpa Maria)não te prendas a esse ser "cuspido para o caixote" por nada deste mundo! Não há nada menos saudável do que encolhermo-nos feitos coitadinhos a pensar em porquês e nas respostas que já conhecemos e que nunca parecem suficientes. É pior ainda . Outras vezes, se nos sentimos pastilha elástica é por culpa nossa, admita-se que ninguém é perfeito, e às vezes as coisas não vão de nos enganarem, de serem sempre os outros a falhar, vão antes de nos enganarmos a nós próprios. Quase sempre somos pastilha elástica porque inconscientemente deixamos isso acontecer, e até queremos que aconteça e vá acontecendo, ignorando sinais, e achando que tudo vai correr lindamente porque a nossa intenção é boa e pura; se calhar até lhe chamamos outra coisa qualquer, mas não deixa de ser isso mesmo. E quando é assim, acredita, mais vale ser "cuspido" logo, do que seres desembrulhado, abocanhado, mastigado e remastigado, esticarem-te, encolherem-te, fazerem balões da tua pessoa e estalarem-te com estrondo no fim. Isso sim, é seres usado (e acredita, eu sei do que te falo). E nem assim vale a pena perderes tempo a pensar nisso, mas sobretudo não vale a pena encheres-te de ódio ou de indiferença mesquinha, ou de outra coisa qualquer menos nobre, porque isso diminui-te como pessoa e de todo em todo não afecta terceiros, nem para os transformar em santos nem para os transformar em monstros. Não posso avaliar essas duas situações de que fala a Maria, mas já te disse muitas vezes o que acho acerca de teres que ser um bocadinho mais atencioso contigo e menos com os outros...

Para quando um café ?

October 19, 2005 12:53 PM  
Blogger Maríita said...

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October 19, 2005 2:06 PM  

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