Monday, May 07, 2007

“Hannibal ad portas”

Se a ousadia pode permitir-nos chegar mais próximo do objectivo, a persistência não deixa de ser também um factor muito importante.

Não sendo um adepto das trevas embora este espaço seja em parte um repositório das minhas tristezas/angústias, há momentos em que a luz parece irradiar por entre as nuvens dando-me um novo alento.

Ao fim de um tempo já considerável parece que uma das minhas reivindicações colhe adeptos e fico eu mais próximo da solução.

A locução que dá o título a este post refere-se a uma marcha histórica, que ficou célebre pela audácia, pela resistência das pessoas envolvidas e pela ideia de que uma vontade férrea consegue o extraordinário.

A ideia de uma vontade férrea, capaz de resistir à fúria dos elementos, é a ideia que mais me atrai.

Vontade férrea – pergunto-me se há dentro dela espaço para dúvidas ou não.

Tenho os meus horizontes longe do ponto em que me encontro e isso às vezes angustia-me, tanto mais quanto vejo outros, por caminhos aparentemente mais simples do que os meus a chegarem aos deles.

Parece que afinal os meus Alpes são mais difíceis de escalar do que imaginava e confesso que vejo com alguma desconfiança, alguma inveja e porque não, com alguma raiva outras pessoas que não considero que tenham qualquer mérito especial chegarem às suas tão desejadas portas enquanto que as minhas estão ainda aparentemente tão longe.

Lendo o que escrevi parece que considero que tenho algum mérito especial, não creio que tenha nenhum a não ser a persistência. Sei que será difícil chegar onde quero, mas acredito que se a Sorte me sorrir em alguns momentos serei capaz de lá chegar.

Quanto ao destino de algumas pessoas, confesso que espero que a vida me permita ver se afinal a aparente facilidade é real ou se pelo contrário se transforma num enredado difícil de romper com.

Dispo a camisola do: “desejo tudo de bom” porque sou humano e há pessoas a quem não desejo nada – espero que algures na lei do Cosmos o que fazem aos outros acabe por lhes cair em cima. Admito que é algo mesquinho mas pronto… às vezes também sentimos algumas mesquinhezes.

1 Comments:

Blogger Maríita said...

O drama dos Alpes são as derrocadas pelo caminho, há pedras que é só por de parte, outras que só com explosões é que as tiramos do caminho.

Hoje não me sai da cabeça "nem o pai morre, nem a gente almoça".

Beijinhos

May 09, 2007 12:23 PM  

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