Monday, April 10, 2006

Não me apetece escrever

Não sei o que se passa comigo mas não ando com paciência nenhuma. Só me apetece estar num sítio qualquer solarengo.

Queria estar no estrangeiro, talvez São Petersburgo ou Moscovo (ok, de solarengo pode não ter muito). Tenho vontade de viajar, ver outras coisas e depois regressar. É uma sensação tão agradável a do regresso a casa.

Sinto sempre uma felicidade tão grande quando regresso a casa que é difícil explicar. Voltar ao meu espaço, rever as pessoas que fazem a minha vida.

Gosto de viajar, disso não haja dúvida, mas gosto de regressar. Se por um lado gostava de ir para o estrangeiro e viver algum tempo lá fora, a verdade é que não quero deixar as pessoas de quem gosto cá, não quero deixar o meu país. Seria para regressar, mas mesmo assim perderia uma parte das coisas porque uma vez a viver no estrangeiro o tempo passaria, as situações alteravam-se e eu não estaria cá.

Há algum tempo que decidi ficar aqui, neste cantinho do mundo, encontrar aqui a minha felicidade, e depois, se as coisas se proporcionarem então sim, sair para uma estada no estrangeiro com a companhia de alguém que eu ame e sabendo que deixo todas as pessoas de quem gosto razoavelmente bem.

Há uma parte de mim que anseia por estar só, mas há uma outra que deseja encontrar uma companhia – uma “soul mate”. Alguém que me complemente, que ao mesmo tempo que acenda a chama da paixão, tempere os sentimentos com uma certeza terna. Alguém que eu saiba que faz parte de mim como eu farei parte dela, que ao mesmo tempo que incita a conquista, se deixe conquistar e me conquiste também. Alguém que desperte um “amor sereno”.

E no fundo, não me apetece assim muito escrever, apetece-me sobretudo aproveitar a vida naquilo que ela tem de único. E naquilo que é único, escrever neste espaço é algo que me dá um prazer imenso.

Contradições…

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