Thursday, April 14, 2005

O incrível gozo de cortar o cabelo

Ir ao barbeiro é um hábito que se perde no tempo. É um dos poucos refúgios onde um homem está no seu “habitat natural”.
O meu barbeiro ainda é daqueles à antiga, só há homens!!!
Hoje é dia de jogo de futebol logo cumpre-se o ritual, discutem-se as equipes, os lances não assinalados ou mal assinalados, quem é que vai ganhar o campeonato (que para o bom do meu barbeiro é sempre o seu querido Benfica…), um momento 100% masculino portanto.
Mas se julgam que ir ao barbeiro é discutir futebol estão muito enganados, discute-se política, carros e mulheres. É no fundo uma análise de toda uma vida feita nos quinze minutos que dura o corte de cabelo, uma espécie de sessão de psicanálise ligeira em que se fala sempre de forma genérica de casos particulares e se ouve os conselhos mais espantosos.
Cortar o cabelo afinal permite-nos ter um momento de são convívio masculino em que se discute tudo despreocupadamente, usando o palavreado que entendemos e sem riscos de más interpretações.
Como diz um amigo meu: “Fica o desabafo…”

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