Thursday, March 23, 2006

Inconstâncias

Pôr-do-Sol em Paris visto da Torre Eiffel

Já repararam no novo anúncio da SAPO ADSL?

A ligação entre as relações amorosas (já agora, aquele sapo tem cá uma saída…) e a ausência de compromissos.

É possível ter uma relação seja ela qual for sem ter compromissos? Sejam eles reconhecidos ou tácitos?

Relações abertas – alguém me explica o que são?

Parece que anda tudo com medo sabe-se lá bem do quê. As raparigas desconfiam que os rapazes têm outra (ok, alguns têm, não vale a pena mentir) e os rapazes desconfiam das raparigas pelo mesmo motivo (e, também aqui sejamos honestos, nem todas são “virgens castas e puras”).

É aceite que se tem medo, mas depois quando alguém nos diz que quer efectivamente ficar connosco levanta-se logo a dúvida.

Será verdade?

É assim tão difícil acreditar que alguém possa gostar de outra pessoa verdadeiramente? Nota – não digo desinteressadamente porque há sempre interesse nem que seja o de conhecer o outro, o de estar com ele, o de fazer alguma coisa com ele.

E sinceramente esta história do Príncipe Encantado também tem muito que se lhe diga – alguém acredita mesmo que existe uma pessoa perfeita?

Existirá a pessoa ideal? Não acredito muito, existe aquela pessoa que tem maior capacidade de nos cativar e de nos manter interessados, que cultiva connosco um lugar próprio longe do entendimento dos outros, um local onde só eles estão.
A criação desse espaço implica automaticamente que as pessoas se reconhecem com os seus defeitos e virtudes, com aquilo que têm de bom e de mau. Implica conviverem, respeitarem-se, partilharem-se.


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