Friday, September 01, 2006

Demissões

Tantas pessoas que se demitem das suas responsabilidades, tantas pessoas que afinal de contas fogem aquilo que assumiram, tantas pessoas perdidas, que sem perceber ao desaparecerem perdem.

Tantas pessoas que conheço que nunca estão bem onde estão, nunca têm o suficiente, a quem o facto de espezinharem outros para chegar onde querem não lhes causa o mínimo remorso.

E depois há aqueles que ficam, que estão ali para segurar as pontas, que percorrem um caminho que é o deles, que o traçaram e que independentemente dos desvios regressam ao caminho que escolheram.

Em conversa com um amigo surgiu o tema dos objectivos que cada pessoa tem. Se uns de nós têm objectivos verticais (no sentido de espiritual) outros têm objectivos horizontais (no sentido monetário) e depois há aqueles que misturam os dois tipos de objectivos.
Mas mais que o tipo de objectivos o que me espanta é a quantidade de oscilações que as pessoas têm. É como se os objectivos traçados pudessem sofrer alterações à mínima dificuldade ou obstáculo.

Quantas pessoas não ficam presas nas dificuldades? Ficaram tão presos a tentar resolvê-la que perderam o objectivo inicial, esqueceram-se de levantar a cabeça e ver que ainda há caminho à frente para percorrer e que aquele é um ponto de passagem mas não o destino final. O destino final é aquele que nós traçámos como sendo o objectivo, que umas vezes alcançamos, outras vezes não.

Não atingir um objectivo não tem necessariamente que significar um falhanço, pode ser que ele seja inatingível por natureza e que no fundo mais do que o alcançar o que se pretendia era tender para ele.

Enfim, nada disto fará muito sentido para quem ler, aliás relendo percebo que misturei algumas coisas mas que lixe, o pensamento não é compartimentado nem matemático é errante e por vezes erróneo…


P.S. – Fica a “banda sonora” do momento


"Desaparecido" - Manu Chao

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