Monday, August 28, 2006

Encontros imediatos

Ao fim de algum tempo voltei a encontrar casualmente quem eu não queria voltar a ver. As coisas já estavam ditas e claras, tudo agora só serve para degradar ainda mais a situação.

Voltei a pedir a resposta para uma pergunta que é para mim essencial obter resposta – a raiva é enorme porque sei que me mente, mas a lata com que o faz então… Tira-me do sério, é como se nada tivesse importância, é como se os nossos actos não tivessem importância.

Ninguém tem o direito de deixar o outro em risco por pura maldade ou pura estupidez – estupidez porque há alturas em que engolimos o orgulho, reconhecemos que errámos e dizemos aquilo que nos é perguntado.

Entre a mais profunda tristeza, a raiva, o desespero não sei qual deles é o sentimento que mais exacerbado está.

Ninguém percebe o que é sentir que se está fechado num quarto escuro, sentado a um canto, à espera daquilo que a seguir se vai passar e saber que é algo mau e sentirmo-nos impotentes, pedirmos ajuda e ninguém saber bem o que fazer. Mais do que o momento em si, é a (aparente) ausência de esperança. Ter que assistir a um eventual desfecho com consequências que podia tão simplesmente ser evitado…

É sentir o peso da ameaça, saber que ela existe mas não saber bem qual é nem como a evitamos, faz-me sentir perdido, cheio de falta de ar, com muito medo e saber que para o que der e vier eu estou sozinho e a não ser que Deus (se existe) decida intervir.

Amanhã será um novo dia, em que mais uma vez volto a sorrir, a tentar ignorar aquilo que estranhamente me está prometido.

Sinto-me pequenino e muito só neste momento…

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