Conversas inacabadas
Há uns anos atrás comecei a tentar alterar a minha forma de ser no entanto não deitei fora a cassete com o “velho programa”.
Sempre fui adepto do maçar pouco os outros e que as coisas são para ser resolvidas por mim. Tentei alterar esta forma de estar e deixei entrar algumas pessoas na minha vida.
Algumas das pessoas foram surpresas extraordinariamente positivas, outras brilharam muito mas o tempo passou e o ouro virou latão.
Houve quem tenha entendido que há coisas que não partilho e não tenha insistido, houve outros que insistiram mas depois voltaram as costas e foram-se embora.
Voltei ao meu antigo registo, partilho muito pouco, voltei a calar-me e a guardar as coisas. Uma grande parte das minhas questões são crónicas e só serão partilhadas com quem entender isso e aceitar.
Aprendi uma lição muito importante – todos gostam muito de saber para ajudar mas muito poucos aguentam esforços de longa duração e menos ainda são de facto capazes de nos ajudar dando-nos espaço e estando lá mesmo que a grande distância física.
Não que seja totalmente verdade o que vou escrever a seguir até porque como já disse antes existem excepções mas a verdade é que cada qual cuida do seu umbigo com pouca ou nenhuma preocupação com o outro.
Fica ainda a noção de “retrete” – quantas pessoas no meio de um desabafo nosso não dizem: “sabes lá tu… é que eu…” ? E o nosso tempo para falar esgotou-se e passámos de sujeito activo a passivo não tendo conseguido falar e assim também aliviar-nos em termos mentais e recebendo ainda uma enchurrada de queixas que vão fazendo a nossa irritação crescer.
Aprendi ainda que há quem viva da desgraça alheia e parece recobrar forças ao ouvir as nossas preocupações e diverte-se a traçar cenários ainda mais pessimistas. São pessoas que conseguem deprimir a nossa vida porque apenas falam de desgraças e esquecem-se que por cada coisa menos boa há uma outra que é excelente. São as mesmas pessoas que conseguem fazer com que qualquer resquício de algo agradável seja automaticamente encarado como um “pecado” e como se ninguém tivesse direito às coisas boas da vida.
Existem momentos complicados na vida de cada um de nós e compete-nos a nós sermos capazes de os elaborar e de os integrar sem deixarmos de lutar pelas nossas coisas e sem cair na apatia.
Não existem pensamentos errados ou certos, existem e basta.
Quem são os outros para julgar as nossas atitudes desconhecendo o que de facto se passa? Dar “bitaites” é muito fácil, eu também sou excelente a resolver a vida dos outros e no entanto não sou tão exímio na minha.
Aprendi de facto a estar calado, espero não o esquecer tão cedo.
Sempre fui adepto do maçar pouco os outros e que as coisas são para ser resolvidas por mim. Tentei alterar esta forma de estar e deixei entrar algumas pessoas na minha vida.
Algumas das pessoas foram surpresas extraordinariamente positivas, outras brilharam muito mas o tempo passou e o ouro virou latão.
Houve quem tenha entendido que há coisas que não partilho e não tenha insistido, houve outros que insistiram mas depois voltaram as costas e foram-se embora.
Voltei ao meu antigo registo, partilho muito pouco, voltei a calar-me e a guardar as coisas. Uma grande parte das minhas questões são crónicas e só serão partilhadas com quem entender isso e aceitar.
Aprendi uma lição muito importante – todos gostam muito de saber para ajudar mas muito poucos aguentam esforços de longa duração e menos ainda são de facto capazes de nos ajudar dando-nos espaço e estando lá mesmo que a grande distância física.
Não que seja totalmente verdade o que vou escrever a seguir até porque como já disse antes existem excepções mas a verdade é que cada qual cuida do seu umbigo com pouca ou nenhuma preocupação com o outro.
Fica ainda a noção de “retrete” – quantas pessoas no meio de um desabafo nosso não dizem: “sabes lá tu… é que eu…” ? E o nosso tempo para falar esgotou-se e passámos de sujeito activo a passivo não tendo conseguido falar e assim também aliviar-nos em termos mentais e recebendo ainda uma enchurrada de queixas que vão fazendo a nossa irritação crescer.
Aprendi ainda que há quem viva da desgraça alheia e parece recobrar forças ao ouvir as nossas preocupações e diverte-se a traçar cenários ainda mais pessimistas. São pessoas que conseguem deprimir a nossa vida porque apenas falam de desgraças e esquecem-se que por cada coisa menos boa há uma outra que é excelente. São as mesmas pessoas que conseguem fazer com que qualquer resquício de algo agradável seja automaticamente encarado como um “pecado” e como se ninguém tivesse direito às coisas boas da vida.
Existem momentos complicados na vida de cada um de nós e compete-nos a nós sermos capazes de os elaborar e de os integrar sem deixarmos de lutar pelas nossas coisas e sem cair na apatia.
Não existem pensamentos errados ou certos, existem e basta.
Quem são os outros para julgar as nossas atitudes desconhecendo o que de facto se passa? Dar “bitaites” é muito fácil, eu também sou excelente a resolver a vida dos outros e no entanto não sou tão exímio na minha.
Aprendi de facto a estar calado, espero não o esquecer tão cedo.
3 Comments:
(um beijinho silencioso)
fica bem :)
Muito obrigado por todos os bitaites que mandes na minha vida. Obrigado, neste momento estou feliz ;-)
Um abraço
Meu amigo, ao ler o que me escreveste a minha imaginação disparou... Almoço?
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