Olha o que encontrei...
Stereophonics & Tom Jones - "Mama told me not to come"
Eric Clapton & Mark Knopfler - "I Shot The Sheriff"
Algures no país
"Private investigations" - Dire Straits
Encontrei hoje um professor de quem guardo excelente opinião, não só por ser um homem sério mas por permitir aos alunos um contacto “livre”. Não fala de politica porque não é o seu papel enquanto professor mas já agora…, quando o seu clube de futebol joga todos sabemos…, mas aquilo que o demarca de muitos outros professores que tive é que sempre ouviu com genuíno interesse aquilo que os alunos lhe tinham para dizer.
Sendo uma pessoa substancialmente mais velha poder-se-ia esperar que não desse importância à opinião de pessoas muito mais novas, mas não só dá importância como nos estimula a critica, fazendo-nos perceber que nada está acima de critica desde que a mesma seja honesta e construtiva.
É um dos homens mais simpáticos que eu conheço, que tem o cuidado de não traçar juízos de valores das pessoas.
Vê-lo hoje, muito mais magro, com ar abatido causou-me estranheza. Ao ver-me cumprimentou-me de forma muito simpática como sempre o fez, falámos um bocado de trivialidades em que entre uma graça e outra, ambos nos rimos.
Perguntei-lhe se estava bem, e fez um sorriso que não disfarçava a tristeza. Aquele homem enérgico que eu conhecia tinha adoecido com alguma gravidade e está agora muito diminuído. Da conversa de hoje ficou uma frase: “(…) e são todos tão novos (…)”.
"Iris - Goo Goo Dolls & Avril Lavigne"
Esta música lembra-me o mar. Um mar revolto que impõe respeito, que sabe bem ver por aquela janela rasgada, no conforto de uma casa quando lá fora há uma tempestade.
Lembra-me o passado com perspectiva de futuro mas sem necessariamente passar pelo presente.
Lembra-me o fechar de olhos e todas as imagens que nos assolam nesse momento.
Sinto saudades da despreocupação de não ter sempre que correr atrás de papéis, de pessoas mortas há anos, de não ter que saber o NIF, o BI e coisas assim.
Melhores dias virão, isso é uma certeza. Quando? Isso já não sei.
O tempo que corre sem controlarmos, aquilo que queríamos e o que obtemos, a sensação que passaram anos e afinal não foram mais que 2 ou 3 meses. E por outro lado a sensação de que há coisas que foram há 2 ou 3 meses e já foram há anos.
Lembro-me do quadro de Dali onde estão representados os relógios todos deformados, como que derretidos, é mais ou menos isso que eu acho que se passa com o tempo na minha cabeça neste momento. No entanto há um traço apaziguador – a imagem do mar revolto no meio da tempestade…
Esquadrão classe P - os "Pombos Assassinos"
P.S. - Quem tem dúvidas do que estamos a falar ponham os olhos no pobre homem que está cá em baixo já de braços no ar. So, "You're next Pombo"
The Waterboys - "Fisherman's Blues"
Por todas aquelas coisas que não se esquecem, e sobretudo por todas aquelas que me lembro sempre que chove.
Por tudo aquilo que não compreendo, por tudo aquilo que queria perguntar e não posso, por...
Porque sim, porque chove