Friday, September 22, 2006

Bizarrias

Vista do Tejo a partir do cemitério do Alto de São João

Wednesday, September 20, 2006

E porque não?

Quando anda tudo à procura de sabe lá Deus o quê (eu incluído) fica aqui uma música com duplo sentido.

Tuesday, September 19, 2006

Esperança

Estrela - Sé Nova de Lamego

A vida é curiosa, se com uma mão nos tira o alento, com outra coloca-nos um sorriso nos lábios.


Wednesday, September 13, 2006

Saudade

Palavra que tem particular sentido (e sentir) em português e creio que não existe em mais nenhum idioma.

Sinto saudades daquela estrada rectilínea que me levaria até ao meu objectivo, e cheguei à conclusão que a vida afinal é cheia de curvas sinuosas que nos levam por caminhos mais ou menos sombrios, mais ou menos perigosos.

Numa sociedade marcada pela ideia do pecado, da penitência, da culpa e na qual em muitas coisas não me revejo, há no entanto algo pelo qual tento pautar o meu comportamento – sentir no fim de cada dia que tentei fazer o meu melhor. Tanto não trair os meus princípios, sejam eles bons ou não, são os meus, são as minhas luzes guia.

Nas múltiplas veredas que me vi na obrigação de percorrer para chegar ao meu objectivo tenho visto muita coisa que não achava ser possível. Tenho tido surpresas agradáveis e desagradáveis e são mais as ultimas que as primeiras infelizmente.

Nunca acreditaria que há tantas pessoas a viverem na obscuridade, que consideram normal coisas que para mim não o são e que revelam fragilidades importantes da parte delas. A quantidade de pessoas que se deixam chantagear e a quantidade de pessoas que recorre à chantagem tem sido para mim um espanto.
Nunca acreditei que fosse possível que houvesse pessoas que com a minha idade batessem nos seus respectivos e que os mesmos aceitassem com um discurso totalmente desprovido de esperança – uma aceitação de que antes assim do que pior.

Tenho conhecido também muitas pessoas que supostamente almejam coisas melhores, coisas superiores na escala vertical da vida mas que ao mesmo tempo estão tão presas a um qualquer acontecimento que não percebem que as oportunidades passam e elas não as aproveitam, estão ainda à espera que o passado se torne presente ou que o futuro lhes traga algo de tão bom que esmague por completo o passado – pois sim, mas nisto falta o presente que fica por aí perdido, vagabundo, à espera de melhores dias.

Tenho saudades da visão de criança em que a vida é não a preto e branco mas a cores garridas em que nada é inalterável, que todos os projectos são empreendidos de forma voluntariosa.

Tenho saudades da ingenuidade que perdi e que me deixava olhar para o mundo com bonomia, sem desconfiança.

Tenho saudades de encontrar pessoas que sonhem, que não tenham medo de assumir que sonham, que ambicionam o inatingível porque estão piamente convictas que nada é inatingível nem nada é irresolúvel. Fazem-me falta as pessoas com a disponibilidade mental para aqueles “combates épicos” em que Davids conseguem derrotar Golias apenas e só porque acreditam.

Saturday, September 09, 2006

Conflitos

Há alturas em que nos fartamos de ouvir sucessivamente as pessoas criticar-nos.

Mais do que uma atitude de desrespeito ou de desafio, há momentos em que nos afirmamos de viva voz, em que deixamos que o leão que existe dentro de nós ruja de forma bem audível como forma de aviso à navegação.

Nunca gostei que me dissessem o que devia fazer, nunca aceitei que me mandassem e tolero muito mal comentários jocosos de quem desconhece factos.

Chamem-me torto, chamem-me presunçoso, chamem-me o que quiserem, sou assim, irascível em relação a algumas coisas e tenho um limiar de paciência curto.

Mais do que me incomodar que me digam o que fazer abomino as falsas ajudas de quem, sob o manto de uma ajuda afinal apenas consegue criticar e ter sempre uma palavra que no fundo apenas desencoraja. Irrita-me aquela mania tão vincada em algumas pessoas de darem conselhos a torto e a direito, de serem falsas sonsas, de se fingirem preocupadas quando não o estão. Detesto que me venham com falsas morais e psicanálise barata, fartam-me as interpretações rascas de gosto nada duvidoso que fedem a disparate.

E há alturas em que se diz basta.

Ontem tiveste o primeiro aviso, a partir deste ponto há riscos sérios, espero que tenhas percebido e não insistas no caminho que tens prosseguido porque se pareço distante e distraído com a minha vida, a verdade é que te tenho seguido com uma atenção que não permite enganos.

Não costumo acertar contas num estilo de “duelo ao pôr-do-sol” nem costumo comentar as coisas mas isso não implica que não saiba nem que não forme opiniões. Aquilo que penso só interessa a uma pessoa – a mim – e não partilho com ninguém.

Que fiquemos bem entendidos – não respondo a provocações mas passaste das marcas e ontem recebeste o primeiro aviso, não haverá segundo.

Friday, September 08, 2006

Quando sentimos a mente demasiado esticada

E sentimos que vamos ficar loucos…
Numa “private joke” que só eu vou entender deixo a música cuja letra vale “a million dollars”.



Crazy - Gnarls Barkley

Wednesday, September 06, 2006

Quando o pensamento voa

Umas vezes perdido outras assustado assim anda o meu pensamento tresmalhado.

Não consigo perceber porquê que tudo é basicamente efémero. E no entanto se não fosse as nossas vidas ficavam sempre na mesma.

Assim sendo, que venha a mudança ;)



Intoxication - Gentleman

Monday, September 04, 2006

Das arrumações

Isto de arrumar a casa dá surpresas curiosas. No meio dos meus CD’s apareceram uns que já me tinham dado há um tempo atrás com uma colecção de músicas saídas do baú…
Fica o exemplo de uma música de 1981 e de uma música de 1990




Super Freak - Rick James




MC HAMMER - U CAN'T TOUCH THIS

Afinal os anos passam e?

Friday, September 01, 2006

Demissões

Tantas pessoas que se demitem das suas responsabilidades, tantas pessoas que afinal de contas fogem aquilo que assumiram, tantas pessoas perdidas, que sem perceber ao desaparecerem perdem.

Tantas pessoas que conheço que nunca estão bem onde estão, nunca têm o suficiente, a quem o facto de espezinharem outros para chegar onde querem não lhes causa o mínimo remorso.

E depois há aqueles que ficam, que estão ali para segurar as pontas, que percorrem um caminho que é o deles, que o traçaram e que independentemente dos desvios regressam ao caminho que escolheram.

Em conversa com um amigo surgiu o tema dos objectivos que cada pessoa tem. Se uns de nós têm objectivos verticais (no sentido de espiritual) outros têm objectivos horizontais (no sentido monetário) e depois há aqueles que misturam os dois tipos de objectivos.
Mas mais que o tipo de objectivos o que me espanta é a quantidade de oscilações que as pessoas têm. É como se os objectivos traçados pudessem sofrer alterações à mínima dificuldade ou obstáculo.

Quantas pessoas não ficam presas nas dificuldades? Ficaram tão presos a tentar resolvê-la que perderam o objectivo inicial, esqueceram-se de levantar a cabeça e ver que ainda há caminho à frente para percorrer e que aquele é um ponto de passagem mas não o destino final. O destino final é aquele que nós traçámos como sendo o objectivo, que umas vezes alcançamos, outras vezes não.

Não atingir um objectivo não tem necessariamente que significar um falhanço, pode ser que ele seja inatingível por natureza e que no fundo mais do que o alcançar o que se pretendia era tender para ele.

Enfim, nada disto fará muito sentido para quem ler, aliás relendo percebo que misturei algumas coisas mas que lixe, o pensamento não é compartimentado nem matemático é errante e por vezes erróneo…


P.S. – Fica a “banda sonora” do momento


"Desaparecido" - Manu Chao