Friday, March 31, 2006

Coincidências curiosas

Há dias fui convidado para uma apresentação de objectos oriundos de um país do Caribe.

Lá fui eu, vestido a rigor. Vesti o fato e escolhi uma gravata. Escolhi uma gravata que não sei porquê me atraiu de sobremaneira.

Convém explicar que as minhas gravatas em parte são as do meu avô.

Chego a casa, já tarde e um bocado cansado, cumprimentei a minha mãe que me perguntou porquê que tinha escolhido aquela gravata. Respondi: “Não sei bem, gostei dela, senti qualquer coisa de especial, acho que era mesmo uma daquelas que o avô usaria.”

A resposta foi desconcertante: “Foi a gravata que o teu avô usou quando tu fizeste um ano. Foi a primeira vez em 7 anos que ele tirou o luto por morte da minha mãe. Ficámos todos espantados quando ele apareceu sem o luto. Sabes, a resposta dele foi – Hoje é um dia especial. A partir desse dia vi o meu pai tirar o luto pesado que ostentava.”

Não consigo deixar de me sorrir quando penso que escolhi a mesma gravata anos mais tarde.

Thursday, March 30, 2006

Kármico

Porque raio é que as pessoas partilham determinadas coisas?

E depois ficam ofendidas quando ouvem – “Não preciso de saber… Diz respeito a ti e a fulan@”

Wednesday, March 29, 2006

Istambul

Fotografia do Bósforo
Um local que quero visitar...

Tuesday, March 28, 2006

Episódios

Um homem tem um encontro que considera importante. Arranja-se todo e lá vai ele...

Mas não há bela sem senão – e não é que ao deitar a mão ao manípulo do elevador fico com um pivete insuportável a perfume de mulher? E ainda por cima daqueles que matam qualquer um?

Conclusão – se fosse um encontro amoroso estava feito.

Já estou a imaginar:

- Acredita em mim, foi de ter agarrado o puxador do elevador. Não há outra.

- Achas que eu sou parva? És um malandro, eu bem que desconfiava…


Enfim, se não tivesse sido comigo também não acreditava.

Monday, March 27, 2006

“Land of Hope and Glory”

Sei que é repetitivo mas gostava imenso de poder sair daqui para um outro lado qualquer.

Apetecia-me desaparecer e aparecer num outro ponto do globo em que ninguém me conhecesse, sem história passada, e apenas com o futuro pela frente.

Quem me conhece estranhará esta súbita mudança uma vez que prezo e muito o passado. Acredito que o passado em muito determina o que somos no presente e o que seremos num futuro aleatório.

Se repararmos bem há sempre padrões que se repetem até sermos capazes de os analisar e os quebrar.

Eu ando à caça dos meus, porque há coisas que se alteraram profundamente, outras que se estão a alterar.

Sinto alguma frustração por não ter dito algumas coisas no seu devido tempo em determinadas circunstâncias e noutras arrependo-me de ter falado. Não há receitas mágicas bem sei…

Sem mentiras – a minha credulidade é espantosa – continuei a acreditar que no fundo havia algo de bom e que a culpa não era daquela pessoa.
Não entendo porquê que insisti tanto em não ver as coisas – ou melhor entendo, agora entendo.

A angústia que senti não é para repetir – a vida humana é demasiado frágil para se perder tempo com idiotices.

Não quis aceitar que o tempo passara de forma indelével e que algumas coisas tinham por e simplesmente morrido. Durante muito tempo acreditei verdadeiramente que era capaz de mudar os outros, de fazer com que as coisas se alterassem.
Talvez porque o tempo de facto passou e as aparentes alterações “regrediram” e as atitudes que alguém tão bem escondeu vieram de repente à tona deixei de me dar ao luxo de acreditar.

E ao mesmo tempo que desisti de acreditar, no fundo ainda espero por alguém que me faça verdadeiramente acreditar e esquecer todas estas dúvidas. Alguém com a coragem do embate que todas as relações implicam, alguém que não tenha medo de se deixar amar bem como não tenha medo de amar sem reservas.

Não é o amor dos filmes, mas aquele da vida real, em que as coisas ora correm bem ora correm mal.

Enquanto não chega o momento de “perder a cabeça” vou aproveitando para fazer outras coisas que sei que mais tarde não poderei fazer.

Sunday, March 26, 2006

Hoje apeteceu-me


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"Let's get it on" - Marvin Gaye

Saturday, March 25, 2006

Um ano depois

Passou um ano desde que este espaço começou.

Celebra-se o aniversário mudando o grafismo, deixemos as coisas escuras e tristonhas, saudemos as coisas alegres.

A todos que visitam este espaço ou visitaram, obrigado pela vossa participação, espero que continuem a visitá-lo, a deixar os vossos comentários, a discordar ou a concordar.

Obrigado a todos.

Friday, March 24, 2006

Aparências iludem

"Las Meninas" - Diego Velázquez - patente no Museu do Prado em Madrid

Thursday, March 23, 2006

Inconstâncias

Pôr-do-Sol em Paris visto da Torre Eiffel

Já repararam no novo anúncio da SAPO ADSL?

A ligação entre as relações amorosas (já agora, aquele sapo tem cá uma saída…) e a ausência de compromissos.

É possível ter uma relação seja ela qual for sem ter compromissos? Sejam eles reconhecidos ou tácitos?

Relações abertas – alguém me explica o que são?

Parece que anda tudo com medo sabe-se lá bem do quê. As raparigas desconfiam que os rapazes têm outra (ok, alguns têm, não vale a pena mentir) e os rapazes desconfiam das raparigas pelo mesmo motivo (e, também aqui sejamos honestos, nem todas são “virgens castas e puras”).

É aceite que se tem medo, mas depois quando alguém nos diz que quer efectivamente ficar connosco levanta-se logo a dúvida.

Será verdade?

É assim tão difícil acreditar que alguém possa gostar de outra pessoa verdadeiramente? Nota – não digo desinteressadamente porque há sempre interesse nem que seja o de conhecer o outro, o de estar com ele, o de fazer alguma coisa com ele.

E sinceramente esta história do Príncipe Encantado também tem muito que se lhe diga – alguém acredita mesmo que existe uma pessoa perfeita?

Existirá a pessoa ideal? Não acredito muito, existe aquela pessoa que tem maior capacidade de nos cativar e de nos manter interessados, que cultiva connosco um lugar próprio longe do entendimento dos outros, um local onde só eles estão.
A criação desse espaço implica automaticamente que as pessoas se reconhecem com os seus defeitos e virtudes, com aquilo que têm de bom e de mau. Implica conviverem, respeitarem-se, partilharem-se.


Wednesday, March 22, 2006

Sabedoria Popular

"Quem espera sempre alcança"
mas por outro lado
"Quem espera, desespera"

Tuesday, March 21, 2006

New York, New York

Frank, volta estás perdoado!!!

Monday, March 20, 2006

Veleiro



Apetecia-me estar num veleiro no mar.
Sinto falta de estar dentro de um barco. Há anos que não estou dentro de nenhum e tenho-me lembrado das viagens que aquele grupo de fazia, sempre bem dispostos, naquela antiga barcaça, um ex-baleeiro que prometia sempre ficar parado no mar, onde parte das correias do motor eram ganchos de cabelo de senhora que, faltando melhor “remendo” servia para fazer aquele barco andar mais um bocado e regressar ao seu porto.
Como nunca mais ninguém se lembrava, os ganchos passaram a fazer parte integrante da maquinaria.
Sinto a falta de ir àquelas praias que só eram acessíveis por mar, onde, se secava o corpo encostando-o às rochas que estavam todo o dia ao Sol. Era um calor que nos atravessava de um lado ao outro, que nos fazia sentir bem.
Gostava de voltar a entrar nas grutas cobertas de bivalves em que a água era transparente e onde se viam as estrelas-do-mar no fundo.
Há um cheiro tão característico quando se passa o dia num barco, quando se toma banho no mar, longe da costa. Aquela sensação tão espantosa de se olhar para todos os lados e só se ver o infinito azul, tranquilizador mas ao mesmo tempo assustador.

Sunday, March 19, 2006

Elementar caro Watson

Placa de rua - Paris

A minha estupidez de facto não conhece limites. Devia ter percebido, devia ter entendido.
Anos depois, e porque me disseram algo que fez a minha mente disparar, a memória regredir e encaixar partes soltas de um puzzle que eu julgava já ter montado, entendido e arrumado.
Quem diria que no fim a surpresa fosse minha e fosse deste calibre.
Eu devia ter percebido, ou melhor eu intui mas não quis acreditar na minha intuição. Agora percebo as respostas, as hesitações as mudanças de rumo.
Burro, fui mesmo burro e continuaria a sê-lo se não tivesse entendido – agora resta saber qual o preço.

Saturday, March 18, 2006

Doces Momentos


"Virgem" - Murillo (séc. XVII) patente no Museu do Prado


Não me estou a converter entenda-se, mas o pintor Murillo usava como modelos os seus filhos e para as suas “Virgens” usava a mulher como referência.
Não sei explicar melhor do que isto mas é uma ideia bonita e terna pensar que o pintor imaginava a Mãe de Jesus à imagem e semelhança da sua mulher.
Independentemente da religião, creio que é um elogio difícil de ignorar ou de superar.

Friday, March 17, 2006

“Faena”

Imaginemos a vida como uma tourada – a pé entenda-se – em que toureiro e touro são símbolos que andam de mão dadas e que são ambos parte da mesma vida.

Nós vamos crescendo e depois, de repente estamos no meio da arena onde vamos desenvolver a nossa vida.
Entramos normalmente com uma atitude galharda, distribuindo cumprimentos pelos espectadores e desejando que a nossa faena seja bonita. Dedicamos a faena a todos e às vezes em especial a algumas pessoas – pais, amigos, namord@s.

Quando a fúria dos acontecimentos, simbolizada pelo touro investe, recebemo-lo com o capote, fintando-o, passando-o com “chiquelinas” e outros “truques”, citando de longe para o atrair. No fundo queremos ser nós a controlar os acontecimentos mesmo que eles sejam perigosos como qualquer touro o é.

Na nossa lide não estamos sós, temos os mais velhos que nos apoiam – o picador – marcando os acontecimentos tentando trazer o que de melhor eles têm. Para além do picador temos os nossos bandarilheiros – os amigos – que entrando na arena com os seus capotes tentam ajudar-nos a lidar com o touro (os acontecimentos).

Mas depois, quando achamos que já conhecemos o touro, quando já dominamos as distâncias, quando sabemos que existem borladeros (protecções na trincheira) tornamo-nos mais ousados e “mandões”.

É a altura de mostrar que conseguimos impor parte da nossa vontade e em que marcamos o touro com o nosso ferro – as bandarilhas. Conforme vamos conseguindo mais confiança e achamos que dominamos arriscamos mais e mais tentando colocar o ferro perfeito, aquele que resulta da combinação exacta o de “alto a baixo” em que o cite é “bravo” e elevamos ao máximo os braços para poder cravar o castigo.

Após tudo isto, e já mais velhos e à-vontade com a vida e com os acontecimentos, fazemos como o toureiro, vamos buscar a muleta.

A proximidade com o touro é maior, a dança que se gera é complexa e ao mínimo deslize, as consequências podem ser fatais – uma cornada – mantemos o rodopiar tão característico de quem quer ter uma atitude mandona, que se dá ares e faz “desplantes” escondendo a muleta atrás das costas, se atreve aos “naturais”, em que baixa a muleta para quebrar o touro e o fazer baixar a cabeça.

Quando tudo isto resulta conseguimos dominar o touro (os acontecimentos) e estamos próximos do fim.

Agora falta rematar a sorte com uma estocada vitoriosa.

Mais uns lances de muleta, os últimos “desplantes”, colocar o touro no meio dos terrenos. Está na hora.

Assumimos a posição de matar, dobra-se a perna esquerda deixando a muleta sobre ela, fixa-se o olhar do touro nela, ergue-se a espada que entrará entre as espáduas do animal. Há um momento em que o mundo parece ter parado.

Mexemos a muleta, ele investe, rodamos cravando a espada até à sua guarda, entram os peões com os capotes, o touro rodopia e acaba por cair morto.
Com a morte dele acabou também a nossa actuação, também nós morremos ali.

Se tivermos sido excepcionais temos direito a dar uma volta pela arena cumprimentando o público, recebemos uma orelha, um rabo ou mesmo uma pata como troféu.

Acabou a lide, apagam-se as luzes da arena e como o touro que antes dominámos e matámos também nós morremos. Tudo termina, restará a memória de uma lide feita com bravura e galhardia.

E no fundo, na vida, uma vez dominados os acontecimentos, com as nossas pequenas vinganças (as bandarilhas), com os nossos amigos (os bandarilheiros que nos acompanham) quando “embrulhamos” tudo, a vida cessa pela ordem natural, e alguém, anos mais tarde lembrar-se-á de nós se conseguirmos transpor a mortalidade sendo geniais na forma como encarámos a vida e os acontecimentos.

Geniais não porque desenvolvemos um modelo XPTO, fizemos uma dedução única no mundo, mas porque para alguém fomos especiais, fomos aquilo que nenhuma outra pessoa poderá ser.

Se me perguntam, acredito que a dignidade com que nos comportamos e segundo a qual pautamos a nossa vida, a capacidade que temos de dizer a verdade, de sacudir a falsidade é o que nos diferencia uns aos outros.

Não me considero o dono da verdade ou da virtude mas no entanto houve coisas que nunca fiz, que não sou capaz de fazer e que sinceramente acho que fazem de mim melhor pessoa que muitas outras que por aí andam apregoando que são isto ou aquilo, que passam horas na Igreja, que se arrogam grandes virtudes, que vivem sempre sobre a marca do sacrifício e do esforço – cuja virtude e brilho é aparentemente imaculável – mas que no fundo andam tão perdidos no mundo que espezinham tudo o que está à sua volta.

Há pessoas que andam a fazer cursos sobre ser feliz, sobre auto ajuda e mais sei lá o quê – pois é mas a vossa felicidade passa pela viagem interior que nunca quiseram empreender e que é muitas vezes solitária.
Para aqueles que se moldam consoante as pessoas com as quais estão para serem aquilo que o outro deseja, tentem antes ser aquilo que vocês desejam para vocês mesmos. Ganhem personalidade e sobretudo carácter vertebrado e não rastejante!

Thursday, March 16, 2006

O novo Presidente da República

Faz uma semana que o Prof. Cavaco Silva tomou posse como Presidente da República. Nesta ocasião proferiu um discurso na Assembleia da República, perante os deputados, o Governo e convidados estrangeiros.

Até aqui nada de novo, o que a mim me espantou foi a atitude do Partido Comunista Português e do Bloco de Esquerda. Ambos os partidos optaram por não aplaudir o discurso.
Consigo perceber que não estejam de acordo com a pessoa que exerce o cargo, mas o discurso era de circunstância e formal, um pró-forma que o Presidente tem que cumprir. Mesmo que em desacordo com a pessoa, a atitude foi no meu entender grosseira para com a instituição Presidência da República tanto mais que não há memória de tal ter sucedido anteriormente.
Há ainda uma outra questão, quer estes partidos gostem ou não, o Prof. Cavaco Silva foi eleito à primeira e com uma maioria, e mesmo o Partido Socialista que não deve adorar a pessoa em si, teve o cuidado de “saudar” o novo Presidente. Sem dúvida que o caso do P.S. é diferente uma vez que tem que assegurar boas relações e tem um objectivo politico diferente dos outros dois partidos mencionados mas mesmo assim…

Outro “pormenor” interessante é que o Dr. Mário Soares fez questão de não cumprimentar o novo Presidente – estranha-se a atitude tanto mais que, questões pessoais à parte, os dois vão-se encontrar sempre que o Conselho de Estado for convocado uma vez que os anteriores presidentes, por inerência têm assento neste órgão.

Saliente-se ainda a entrevista dada pelo Prof. Cavaco Silva à Euronews que passou na (R.T.P. canal) 2 a horas impróprias – próximo das 3 da manhã.
A entrevista foi interessante por confrontar o Presidente da República com questões de política internacional – o ponto “fraco” do seu discurso na Assembleia – imigração, direitos dos trabalhadores, evolução da União Europeia e relações transatlânticas. Não posso dizer as respostas à entrevista me tenham surpreendido, foi aquilo que sempre disse, com respostas muito “polidas” no estilo que nos habituou na campanha eleitoral.

Agora é “esperar para ver”.

Wednesday, March 15, 2006

Vai uma boleia?


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"Sympathy for The Devil" - Rolling Stones


"

Tuesday, March 14, 2006

Tradições

Havia um anúncio que dizia “A tradição já não é o que era”

À minha volta as tradições vão-se alterando a um ritmo alucinante, parece que do passado não resta nada e que ninguém quer que reste.

Há uma tradição que se arrisca a desaparecer e que a mim me dói vê-la desaparecer. Na minha universidade, no ramo em que estou há a tradição dos alunos finalistas convidarem os novos colegas que entram nesse ano para aquele ramo para um jantar na sede da ordem profissional da qual mais tarde faremos parte.
Não é um jantar qualquer, são convidados os professores do perfil e há como que uma “passagem de testemunho” entre quem sai e quem entra.
Somos o único curso a fazer isto e dentro do curso, somos o único perfil a fazê-lo.
Este jantar para além do simbolismo todo que tem, normalmente envolve ainda os antigos alunos que já formados costumam aparecer por lá, para uma agradável conversa, em que se discute de tudo um pouco.

Neste momento discute-se se se vai manter esta tradição ou alterar porque o jantar é muito caro.
Acho um argumento falacioso e estúpido. Não é caro atendendo ao que envolve de pessoal, de bebidas, de comida propriamente dita e mais do que tudo isto, é uma TRADIÇÃO.
Queixamo-nos que a nossa universidade é impessoal e fria, que somos tratados como ovelhas, que temos um número que nunca nos esquecemos porque fica marcado mas depois cortamos as tradições, aquilo que nos une e distingue.
Não compreendo, sinceramente não compreendo.

Monday, March 13, 2006

Hoje

Demasiado cansado para escrever...

Sunday, March 12, 2006

Em resposta ao desafio da Salta Pocinhas

Quatro empregos que já tive na vida:

Até agora nenhum, a situação altera-se a partir de Setembro ;)

Quatro filmes que posso ver vezes sem conta:

1 – África Minha (o filme da minha vida);
2 – O Clube dos Poetas Mortos;
3 - Mediterrâneo;
4 - O Bom, o Mau e o Vilão;

Quatro sítios onde vivi:

Sou um animal de hábitos… Só vivi até agora num único sitio – Lisboa

Quatro séries televisivas que não perco:

Ui! Não tenho nenhuma...

Quatro livros que adorei ler:

1 – Os Maias – Eça de Queirós;
2 – The hitchhiker’s Guide to the Galaxy – Douglas Adams;
3 – A Profecia Celestina – James Redfield;
4 – David Copperfield – Charles Dickens (não “adorei” mas marcou-me);

Quatro sítios onde já estive de férias:

1 – Sesimbra (a minha doce praia onde o tempo não passa);
2 - Londres;
3 – Nova Iorque;
4 - Paris;
Entre outros…

Quatro dos meus pratos favoritos:

1 – Bife grelhado com molhe de natas, café, cerveja, com pimenta verde;
2 – Bacalhau (quase todos os pratos);
3 – Salada de lagosta (é uma fixação);
4 – Leitão assado;
E claro qualquer doce desde que bem doce…

Quatro websites que visito diariamente:

1 - Hotmail;
2 – sapo;
3 - blogs múltiplos;
4 - google;

Quatro sítios onde gostaria de estar agora:

1 – Veneza (no Danieli claro);
2 – São Petersburgo/Moscovo;
3 – Kilimanjaro ou Patagónia;
4 – Indía.

Quatro Bloggers que desafio a fazerem este questionário:

Não desafio ninguém, mas quem quiser que se acuse ;)

Saturday, March 11, 2006

A calma que precede a tempestade

Wivenhoe Park, Essex 1816 - John Constable

Virá a tempestade.
Antes porém, aproveitemos o que de bom existe, gozemos a acalmia que durará pouco antes de mergulharmos num turbilhão que não sabemos quando acabará e que estragos causará.

Tuesday, March 07, 2006

Hoje

Dia de luto

Monday, March 06, 2006

Memória

E cerca de 150 anos depois eis que “the masters have returned”…

Sunday, March 05, 2006

Evoluções

Hoje vi uma notícia na qual se refere que a China, através de intervenção governamental vai abrandar o seu crescimento económico baixando dos cerca de 10% ao ano para “apenas” 7,5% ao ano.
Mais do que a questão dos números, o que me espantou foi a justificação apontada pelo governo chinês para efectuar esta manobra.
De acordo com o governo chinês esta redução no crescimento visa permitir um maior equilíbrio social, diminuir assimetrias entre as cidades e o campo e reequilibrar o ambiente.
Segundo o primeiro-ministro chinês, chegou a altura da indústria ajudar a agricultura e os outros sectores.
É curioso ver como um país que é um colosso, que se está a desenvolver – não abordo aqui a questão dos direitos humanos – está a procurar o desenvolvimento sustentável. Parece que o maior país comunista do mundo está a alterar-se e de certa forma a juntar o que de bom o ocidente tem com aquilo que é a sua cultura milenar.

Saturday, March 04, 2006

Quando as palavras não saem

"Guernica" de Pablo Picasso - patente no Museu Rainha Sofia em Madrid

Semi-desabafos

Hoje passou um dia intenso. Na verdade não me apetece escrever, ou melhor, talvez apeteça, nem sei…
Comecei a trabalhar, ainda a meio gás, mas numa firma onde acredito venha a encontrar a realização profissional que procuro.
Ao passar por determinada zona da minha faculdade encontrei um evento do curso da minha ex-namorada patrocinado pela empresa onde ela trabalha.
Houve um misto de sensações estranhas – o não querer estar ali, o não a querer reencontrar, a vontade de partir alguma loiça que ficou por partir…
Houve uma mescla entre sentimentos – como se a presença de algo que associe a ela fosse uma violação do meu espaço pessoal, da minha tranquilidade…
Existiram outros pensamentos que não posso partilhar aqui porque são demasiado pessoais.
Não me quero encontrar com ela porque sei ainda não estar suficientemente “forte” para isso. Não é por questões de recaídas mas de vez em quando há uma fúria que ruge dentro de mim. As razões da fúria só eu sei…

Thursday, March 02, 2006

Lonjuras

E do nada reaparecem pessoas que tinham “desaparecido” da minha vida há uns anos atrás. Ex-colegas meus de secundário e liceu que reapareceram. Alguns muito diferentes outros exactamente iguais.
É estranho olhar para algumas pessoas e ter a sensação de que o tempo não passou por elas. Há um tempo atrás diria que isso era mau, agora não sei.

Terça-feira de Carnaval, à noite tive uma conversa muito curiosa com um amigo meu.
Ele é da opinião que faz falta à nossa geração uma boa dose de valores e de objectivos.
Quanto à primeira parte, acho que cada qual tem os valores que entende serem os melhores para ser feliz.
Quanto a objectivos, aí sim, acho que andamos todos a viver no imediato, no instante, com dificuldade em projectar as coisas para o futuro.
É como se houvesse uma política imediatista que nos obrigasse a escolher já, a viver naquele momento. Não há tempo para pensar.
Não fujo à regra, também tenho telemóvel e Internet como a maior parte das pessoas, e também me sinto tentado a telefonar a algumas pessoas em determinadas alturas se bem que muita coisa que se passa na minha vida guarde para mim.
Mas onde está o tempo para ponderar? As pessoas mal se conhecem e entram logo em relações mais próximas – normalmente o resultado é darem de caras com o inesperado.
Isto de acharem que eu sou bom ouvinte tem muito que se lhe diga.
A quantidade de amigos e amigas que me falam das suas paixões que são sempre a última (até à próxima) é extraordinária.
Quantas vezes não oiço “Porque el@ parecia que ou prometia que ou…” E depois, quando pergunto se alguma vez tinham ido juntos ao cinema, ou jantaram sozinhos algumas vezes as respostas são desconcertantes – normalmente não, foi sempre dentro de um grupo de amigos e andavam sempre em bando.
E quando param para pensar percebem que passaram meses ao lado de um estranho – não sabem qual a cor favorita, qual o perfume que o outro usa, não imaginam que tipo de musica ouve, nunca discutiram uma única opinião em relação a política, ou um qualquer livro que tenham lido.
De certa forma é triste quando duas pessoas passam tempo juntas sem nunca de facto estarem. No fundo nem um nem outro naquela relação aprendeu alguma coisa com o outro. E aprendemos sempre, quer seja com os amigos, quer com os namorados, quer com os “inimigos” de estimação.
Mas o mais engraçado é a dificuldade em aceitar um simples convite para ir tomar um café – a esse propósito lembro-me do filme “Alguém tem que ceder” – “É um convite para um café, não um pedido de casamento…”
E esta história de um rapaz ser apenas amigo de uma rapariga?
Uiiii, não pode ser, tem que haver mais alguma coisa – no fundo um deles ama o outro mas não sabe ou qualquer outra baboseira assim.
Eu sei que sou complicado, mas caramba, não andamos todos a complicar as coisas?
Existe um tempo para tudo, mesmo para conhecer o outro, os seus gostos, aquilo que detesta, o que é que o surpreende, no fundo de irmos aprendendo – de o irmos aprendendo.
É a ideia do “encaixe perfeito”. A velha questão de se não haverá alguém que seja exactamente o nosso complementar.
Só que existe algo que as pessoas se esquecem, é que o ser humano por natureza vai evoluindo, vai aprendendo e por isso nunca há um complemento exacto porque quando é complemento já nós mudámos e procuramos outra coisa – é necessário tempo para nos adaptarmos e deixar o outro adaptar-se a nós.
Mas hoje anda tudo em grupo, em rede (fica melhor) e portanto as relações já não são a dois, são a n pessoas ao mesmo tempo, todas opinando sem estarem lá.
No meio da conversa que tive lembrei-me de algo que sei é controverso: as pessoas antigamente assumiam um compromisso e tinham a noção que depois tinham que aguentar quer gostassem quer não.
Depois lembrei-me de um tipo de relações: as do tipo penso rápido.
Acabaste com o teu namorado/namorada? Não faz mal, arranjamos já aqui um(a) outro(a) para te ajudar a esquecer.
HELLO!!! Está alguém aí? O nosso panorama afectivo não anda à velocidade da Internet ou do telemóvel. Tem o seu tempo próprio, com as suas particularidades.
Enfim, nisto lembro-me do Prof. Higgins em “My Fair Lady”…